Governo do Estado realiza mais uma ação em beneficio da reforma agrária em Pernambuco
Com a desapropriação, o Instituto de Terras e Reforma Agrária do Estado de Pernambuco (Iterpe), assume a condução do processo. Antes da emissão do título de posse, será realizado processo de georefenciamento para estruturação e divisão da área entre as famílias. A previsão é que, em no máximo seis meses, todo o processo tenha sido concluído e os títulos de propriedade sejam entregues aos agricultores. Localizado às margens da PE 062, o Engenho Bonito receberá o nome de um grande defensor dos direitos humanos: Dom Helder Câmara. O Projeto de Lei para alteração do nome, sugerido pelos agricultores, já foi elaborado pelo deputado estadual Aluísio Lessa.
Eduardo também ressaltou que a data da assinatura do decreto como um dia de “muitas recordações e emoções”, ao lembrar que, em 1988, o ex-governador Miguel Arraes também resolveu um conflito de posse de terra, na base do diálogo, no Engenho Patrimônio, localizado no mesmo município. “Na luta que a gente vive nem sempre temos vitórias. Mas a não podemos perder a esperança e a capacidade de lutar. E a luta é animada por símbolos de vitórias duras como essa, que enchem as baterias da gente para acreditar que, se não pararmos no meio do caminho, nem desistirmos, um dia vem a vitória”, colocou, destacando que a desapropriação é um fruto da luta e da resistência da reforma agrária em Pernambuco.
“Demos muitas viagens aqui para pressionar, mas hoje é a nossa última viagem, e para comemorar”, comemorou o presidente da Associação dos Posseiros do Engenho Bonito, Paulo Ferreira. Além do Engenho Bonito, o Governo do Pernambuco, único Estado da Federação com uma política de reforma agrária, também realizou a desapropriação de um total de 1.800 hectares no município de São Joaquim do Monte. Além disso, o Estado também disponibiliza, no âmbito da agricultura familiar, o Crédito Fundiário.
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