quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Olinda

Inep desmente boatos de vazamento da prova da avaliação nacional de medicina

Luana NovaNE10
Nas redes sociais, há boatos de que a Faculdade de Medicina de Olinda (FMO) teria utilizado, previamente, questões da Anasem em simulados preparatórios / Foto: Reprodução/Google Street View
Nas redes sociais, há boatos de que a Faculdade de Medicina de Olinda (FMO) teria utilizado, previamente, questões da Anasem em simulados preparatóriosFoto: Reprodução/Google Street View

Mais de 23 mil estudantes do segundo ano do curso de medicina fizeram provas da primeira edição da Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina (Anasem) nessa quarta-feira (9). Desde então, tem repercurtido nas redes sociais boatos de que a Faculdade de Medicina de Olinda (FMO) teria utilizado, previamente, questões do exame em um dos simulados preparatórios. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela avaliação, negou o vazamento da prova.
Em nota publicada no Facebook, o diretório acadêmico da FMO esclareceu que "as questões foram retiradas de bancos públicos, de provas passadas do Revalida, testes de progresso e Enade", ao destacar que "são questões que estão disponíveis na internet, a livre e gratuito acesso". 
De acordo com o coordenador da instituição, Dr. Tarcisio, representantes da faculdade estiveram no dia 13 de setembro deste ano em Brasília para uma reunião com o Inep. "A diretora do órgão, Maria Inês Fini, deixou claro que a prova utilizaria questões calibradas. Ou seja, questões que já foram testadas em outros concursos e foram consideradas boas", afirmou.
Para Leonardo da Rocha, aluno de medicina da FOM, é chato ver esse tipo de boato sobre a faculdade. "Alunos de outras faculdades de medicina estavam falando como se fossemos culpados de alguma coisa, que estávamos corrompendo o sistema. Não tivemos culpa de nada, apenas nos preparamos", desabafou o estudante.
Por meio de nota, o Inep informou nesta quinta-feira (10) que "alguns itens (questões de prova) foram obtidos por meio de doação de consórcios de Testes de Progresso e, por isso, já tinham sido aplicados em exames anteriores. Não houve, portanto, o vazamento de uma questão de prova, e sim o uso prévio em um outro exame. A questão não será anulada." 
Confira abaixo a nota na íntegra:
"Em relação à aplicação da Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina (Anasem), informamos que:
1 - A prova aplicada nesta quarta-feira, 9, é baseada na metodologia da Teoria de Resposta ao Item (TRI), adotada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em seus exames e avaliações.
2 - Conforme a portaria 389 - de 14 de julho de 2016 - a prova da Anasem é elaborada com a colaboração de docentes com notória experiência em educação médica e em avaliação, que representam a diversidade regional e de organização acadêmica.
3 - Alguns itens (questões de prova) foram obtidos por meio de doação de consórcios de Testes de Progresso e, por isso, já tinham sido aplicados em exames anteriores.
4 - Como os procedimentos de elaboração e a análise dos itens e dos cálculos das proficiências têm como base a Teoria de Resposta ao Item (TRI), é preciso ter conhecimento dos parâmetros dos itens. Isso é obtido por meio de pré-testagens em amostras apropriadas de alunos nas quais se estimam os parâmetros dos itens em uma mesma escala de proficiência.
5 - Não houve, portanto, o vazamento de uma questão de prova, e sim o uso prévio em um outro exame. A questão não será anulada."

Sobre a Anasem

Nesta primeira edição da Anasem, realizada nessa quarta-feira (9), apenas os alunos do segundo ano do curso de medicina, ingressantes em 2015, foram avaliados. Nos próximos anos a avaliação, que é obrigatória, começa a ser aplicada também aos alunos do 4º e 6º anos. 
De acordo com o Inep, a avaliação tem foco nas estruturas e processos mentais, e não nos conteúdos. Os mais de 23 mil estudantes tiveram quatro horas para responder 60 questões objetivas e três discursivas. As provas foram aplicadas em 233 locais, em 158 municípios do País.

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