Mercado financeiro
Dólar à vista cai 0,87% e anota menor cotação desde 15 de julho de 2015
Estadão Conteúdo
Na mínima, a cotação chegou aos R$ 3,1285 (-1,30%)Foto: Fotos Públicas
A votação no Senado da pronúncia do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, foi um dos principais combustíveis do otimismo dos investidores. Apesar de o mercado já dar como certa a vitória do "sim", operadores ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, afirmam que o que realmente animou foram sinais de que a votação pelo afastamento possa mostrar um placar com grande folga.
Essa eventual vitória expressiva indicaria força do governo Temer para avançar nas medidas de ajuste fiscal no Congresso, aumentando a atratividade do Brasil perante os investidores estrangeiros.
Enquanto os senadores discursavam, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou a admissibilidade de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto do gasto público. O governo conseguiu vencer por 33 votos a 18, fazendo a matéria avançar na Casa. A PEC é uma das principais apostas do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para a retomada da confiança e o controle do gasto público.
O dólar já abriu em baixa e teve uma alta pontual, atingindo a máxima de R$ 3,1739 (+0,14%). O avanço foi temporariamente sustentado pela virada para baixo dos preços do petróleo e pelo leilão de US$ 500 milhões em contratos de swap cambial do Banco Central. A percepção mais otimista com o cenário brasileiro, no entanto, conduziu as oscilações de volta ao terreno negativo.
A mínima de R$ 3,1285 foi registrada pouco depois das 12h30, refletindo o fluxo cambial positivo e as expectativas favoráveis vindas do cenário político doméstico. Esse patamar acabou por atrair compradores, o que gerou volatilidade temporária e sustentou a cotação em um patamar dos R$ 3,14. No mercado futuro, o dólar para setembro fechou em baixa de 0,95%, cotado a R$ 3,1700.
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