Audiência
Caso Harlynton: família pede R$ 800 mil de indenização à Vera Cruz
JC Trânsito
Esta é a primeira audiência cível, de instrução e julgamento, do processo contra a empresa Vera Cruz por danos morais e materiaisFoto: André Nery/JC Imagem
*Com informações do repórter Pedro Alves, do Jornal do Commercio
A família de Harlynton Lima dos Santos, de 20 anos, que morreu em junho do ano passado após cair de um ônibus no terminal do Cais de Santa Rita, participa de audiência, na manhã desta terça-feira (30), no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra. Esta é a primeira audiência cível, de instrução e julgamento, do processo contra a empresa Vera Cruz por danos morais e materiais, movido pelos familiares do estudante.
Em entrevista à Rádio Jornal, o advogado dos pais de Harlynton, Rodrigo Inojosa, afirmou que os familiares pedem indenização no valor de R$ 800 mil à empresa. "Uma morte é imensurável. A gente não está aqui para mensurar a morte de um filho, mas para termos alguma resposta. Porque a empresa, juridicamente falando, tem sua culpabilidade", declarou Jocely Ferreira, pai de Harlynton.
Participam da audiência representantes da empresa Vera Cruz, a família de Harlynton, advogados e testemunhas, que serão ouvidas caso não haja acordo. Além deste, que acontece na esfera cível, também há um processo criminal em andamento contra o motorista do ônibus, José Cândido da Silva, de 62 anos, indiciado por homicídio doloso, quando é assumido o risco de matar. Segundo a denúncia o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o motorista teria deixado a porta fechada e saído em alta velocidade, causando a queda de Harlynton. O caso aconteceu por volta das 23h20 do dia 15 de junho do ano passado.
De acordo com as investigações, após o desembarque dos passageiros da linha TI Tancredo Neves/Imip, Harlynton se aproximou do ônibus. Usuários que haviam descido do coletivo chegaram a bater na lateral para avisar ao motorista que o jovem estava tentando embarcar. Mesmo assim, ele não abriu a porta e o estudante ficou pendurado próximo à porta dianteira. O condutor acelerou e fez uma curva, que provocou a queda do estudante e seguiu viagem sem prestar socorro.
A empresa Vera Cruz informou que não vai se pronunciar sobre a audiência.
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