segunda-feira, 8 de abril de 2013


Adolescente foi estrangulado na Funase de Abreu e Lima


Peritos afirmam que estrangulamento foi a causa da morte do adolescenteque teve o seu corpo encontrado na manhã desta segunda-feira (8) dentro de uma das celas da unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Abreu e Lima, no Grande Recife. O jovem tem 16 anos e cumpria medida socioeducativa por roubo há apenas oito dias.
Os suspeitos pela morte do adolescente são os quatro internos que dividiam com ele a cela 7 da ala 7 da unidade, com idades entre 16 e 17 anos. O secretário de Criança e Juventude de Pernambuco, Pedro Eurico, afirmou que os jovens justificaram o crime alegando que a vítima era “cagueta” (delator). Eles estavam na unidade há aproximadamente quatro meses por atos infracionais de homicídio, latrocínio e assalto a mão armada.
Esta é a primeira passagem de todos pela Funase e os quatro eram considerados de baixa periculosidade, o que surpreendeu o secretário pela violência usada na morte. Os adolescentes foram levados para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar esclarecimentos sobre o caso e, de lá, seguirão para a Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA). A Justiça pernambucana pode aplicar mais uma medida socioeducativa contra eles.
O corpo da vítima foi encontrado por volta das 5h desta segunda. No entanto, segundo o perito do Instituto de Medicina Legal (IML) Eldo Souza, o adolescente pode ter sido assassinado ainda durante a noite, devido à rigidez que apresentava durante a perícia. Souza afirmou ainda que o jovem foi estrangulado com um torniquete.
A informação não foi confirmada pelo secretário, que disse que o garoto foi morto com um lençol, através de uma ferramenta que os internos chamam de 21. Pedro Eurico afirmou que os companheiros de cela aguardaram a passagem da ronda dos agentes socioeducativos, durante a noite, para levar o rapaz até o centro da cela e assassiná-lo. O secretário pretende se reunir com a família do rapaz e o Poder Judiciário para conversar sobre o caso.
Questionado sobre a responsabilidade do Estado na morte do adolescente, Pedro Eurico afirmou apenas que esse é crime inexplicável, mas não admitiu culpa ao Governo de Pernambuco. O secretário admitiu que os internos estavam sem aulas há cerca de quatro meses, quando houve a última rebelião que deixou um interno morto. Os planos agora são de iniciar as aulas na próxima segunda-feira, com a Funase de Abreu e Lima sendo a primeira no Estado a ter turmas de informática.
Ne 10
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