domingo, 13 de janeiro de 2013

No Recife, polícia investiga quadrilha de clonagem de cartão

A delegacia especializada em crimes de estelionato está investigando uma quadrilha que atua na clonagem cartões de crédito e débito de moradores da Zona Norte do Recife.
A pedagoga Andrezza Ferreira tentou usar o cartão de débito do Banco do Brasil e percebeu que ele estava bloqueado. Sem entender o motivo do bloqueio, Andrezza procurou o banco, que informou que o cartão dela havia sido clonado.
A pedagoga mora no bairro da Macaxeira, na Zona Norte do Recife, e prestou queixa na delegacia mais próxima, em Casa Amarela. Quando chegou lá, foi informada de que mais três pessoas haviam sido vítimas do mesmo tipo de clonagem.
“Queria o meu extrato para comparar com outras pessoas que tenham feito a mesma queixa. Mais três clientes do banco reclamando do mesmo problema”, contou. O dinheiro retirado da conta dela era da pensão alimentícia da filha de cinco anos. Mas o banco disse que o dinheiro dela só seria devolvido em pelo menos dois meses.
“O banco me pediu de 60 a 90 dias para devolver o dinheiro e eu não tenho como pagar minhas contas”, disse Andrezza Ferreira. Com a clonagem, foram feitas compras em duas lojas em São Lourenço da Mata no valor de quase R$ 1.000.
O delegado Marcelo Guerra explica que as vítimas devem procurar a delegacia de polícia assim que descobrirem a fraude, além de pedir o detalhamento da fatura para a operadora de cartão de crédito.
“Para poder diferenciar daquelas operações qual é fraudária, que não foi realizada. Com isso, a polícia vai ter um histórico do uso do cartão, porque no caso de uma clonagem através de um aparelho chupa-cabra ou coisa semelhante, a gente tem um histórico das lojas por onde esse cartão foi utilizado realmente pelo cliente”, informou.
De acordo com o Procon, o consumidor deve ter um cuidado básico com cartões de crédito ou débito. Os números de segurança que ficam no verso do cartão devem ser apagados ou retirados e guardados em local seguro para evitar fraudes.
“Toda e qualquer operação a ser realizada pela internet é necessário fornecer um código de segurança. Então, se você faz um uso de um computador coletivo e que você não conhece a origem daquele equipamento, você está vulnerável a ser alvo de uma clonagem de cartão”, explicou o gerente jurídico do Procon, Roberto Campos.
O gerente lembra que instituições bancárias e operadoras de cartão de crédito devem extornar o valor indevido imediatamente para o cliente.
“Se o consumidor reclama daqueles lançamentos que foram efetuados do seu cartão de crédito ou em sua conta corrente, imediatamente a operadora ou banco deve estornar da cobrança aqueles valores para em seguida abrir uma sindicância interna e constatar se o consumidor foi ou não alvo de uma clonagem de cartão de crédito”, disse Campos.
Do G1 PE

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