quinta-feira, 12 de julho de 2012


Cientistas estudam anticorpos para desenvolver eficaz vacina contra a Aids


Em 1984, um mundo ainda chocado com a desconhecida síndrome da imunodeficiência adquirida recebeu a promessa da então secretária de Saúde dos Estados Unidos, Margaret Heckler, de que, em menos de dois anos, seria produzida uma vacina contra o HIV. Quase três décadas depois, ainda se espera por uma substância capaz de impedir que o vírus da Aids invada células sadias e comece a devastar o sistema imunológico do hospedeiro. De acordo com uma equipe de pesquisadores suecos e norte-americanos, o problema pode estar na falta de identificação do local exato onde os anticorpos se ligam aos receptores do vírus. Uma vacina realmente eficaz, alertam, só será realidade quando a ciência conseguir resolver esse enigma.

Em um artigo publicado na edição de hoje da revista Science Translational Medicine, virologistas do Instituto Karolinska, em Estocolmo; do Instituto de Pesquisa Scripps, na Califórnia, e do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA explicam por que, ao contrário da gripe e de outras infecções virais, é tão difícil driblar a ação do HIV no organismo. “O mundo todo se debruça sobre essa questão desde o início da década de 1980, mas o vírus é consideravelmente mais difícil de se decifrar do que se imaginava no começo”, conta Gunilla Karlsson Hedestam, principal autora do artigo e professora do Departamento de Microbiologia, Tumores e Biologia Celular do Instituto Karolinska.

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