Sem conseguir reajuste, servidores do Detran-PE devem entrar em greve nesta sexta
Inicialmente, a categoria pedia um reajuste de 32,85%
Os servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE) devem entrar em greve a partir desta sexta-feira (20). No começo deste mês, a categoria voltou a se reunir em assembleia, dando até o dia 19 de maio para que o órgão estadual cumprisse o acordo assinado para a finalização da greve que aconteceu entre os dias 4 de março e 7 de abril deste ano. Como não foram atendidos, eles prometem parar.
De acordo com Alexandre Bulhões, presidente do Sindicato dos Servidores (SindDetran-PE), o Detran disse que iria enviar, ainda nesta quarta-feira (18), um projeto de Lei para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) que reajusta o salário da categoria em 12%. O reajuste pedido inicialmente era de 32,85%, mas o acordo feito no fim da greve foi de que seria dado um reajuste de 3% e seria corrigida a distorção na tabela do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) em até 18%, o que geraria um aumento de 21% para a maioria dos trabalhadores.
"Este não foi o combinado. O salário médio do Detran é R$ 2.000 e este aumento de 12% geraria apenas R$ 200", explica Alexandre. Outras reivindicações da categoria eram o aumento em R$ 100 no vale alimentação (que foi alcançado) e a contratação do plano de saúde, que ainda não foi atendido pelo Detran-PE.
O SindiDetran afirmou que não será feita uma nova assembleia da categoria. A última aconteceu no dia 4 de maio. "Vamos esperar até o dia 19, mas se não formos atendidos, no dia 20 iremos começar a greve", declarou Alexandre neste dia.
A reportagem do JC Trânsito entrou em contato com o Detran-PE, que preferiu não se pronunciar sobre o assunto. O órgão apenas afirmou que ainda nesta quarta será realizada uma reunião entre a presidência e os servidores. A última greve dos servidores durou quase um mês e chegou a ser considerada ilegal pela Justiça de Pernambuco. Na época, foi estabelecida uma multa por dia em que a decisão não fosse cumprida e o desembargador Marco Maggi chegou a determinar o bloqueio de R$ 2.320.000 da associação e do sindicato que representam a categoria época.
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