Internacional
França tem mais bloqueios de rodovias em protesto contra reforma trabalhista
Agência Brasil
A mobilização desta quarta-feira se concentrou em áreas no Oeste do país, com a ocupação de duas estradas de acesso à área industrial do Porto de Le Havre, incluindo a entrada da refinaria do grupo Total, em Gonfreville l'Orcher, indicou a emissora FranceFoto: AFP
Os bloqueios de caminhoneiros em pontos estratégicos da rede viária francesa e na proximidade de centros industriais se repetiram nesta quarta-feira (18), pelo segundo dia consecutivo, marcando os protestos contra a reforma trabalhista do Governo.
A mobilização desta quarta-feira se concentrou em áreas no Oeste do país, com a ocupação de duas estradas de acesso à área industrial do Porto de Le Havre, incluindo a entrada da refinaria do grupo Total, em Gonfreville l'Orcher, indicou a emissora France Bleu.
Também na Normandia filas de caminhões impediam ou dificultavam a circulação no acesso ao terminal petrolífero de Grand Quevilly.
Outras ações de caminhoneiros foram registradas em Lorient, na Bretanha, e em um depósito que serve para abastecer dezenas de postos de gasolina em Cournon-d'Auvergne, na região de Auvernia.
Estes protestos na França dão continuidade ao primeiro dia de greves e mobilizações, na terça-feira (17) contra a reforma trabalhista, que os manifestantes acreditam que vai levar a mais precariedade nas relações de trabalho.
Portos, aeroportos e ferrovias
Hollande já disse que não vai ceder à pressão e que levará adiante o projeto aprovado na semana passada na Assembleia Nacional.
A proposta segue o trâmite no Senado, no dia 20 de junho, e os sindicatos que pedem sua retirada da pauta organizaram mais um dia de greves e manifestações para quinta-feira (19), quando outros grupos vão se juntar ao movimento, como os controladores aéreos, reduzindo em 15% o número de voos que saem ou chegam ao aeroporto de Orly, em Paris.
Para hoje também está agendada uma greve da companhia ferroviária SNCF, por motivos internos de negociação. De acordo com as previsões, vão parar de circular cerca de um terço dos trens de alta velocidade, entre um quarto e metade dos trens suburbanos e regionais e cerca de 60% dos comboios de longa distância convencionais.
Nos trajetos internacionais, a SNCF antecipa a suspensão de 40% da frota que liga Paris a Espanha em alta velocidade e de 10% dos trens que viajam para a Suíça, enquanto as demais ligações funcionarão normalmente.
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