quarta-feira, 4 de maio de 2016

Economia

Metalúrgicos da Mercedes-Benz fazem greve de um dia


Agência Brasil

“A paralisação de hoje é um recado à direção da Mercedes. O presidente da montadora afirmou, na semana passada, que o PPE se esgotou e há um excedente de dois mil trabalhadores. Queremos deixar claro que queremos negociar uma solução conjunta, mas não a / Foto: Agência Brasil
“A paralisação de hoje é um recado à direção da Mercedes. O presidente da montadora afirmou, na semana passada, que o PPE se esgotou e há um excedente de dois mil trabalhadores. Queremos deixar claro que queremos negociar uma solução conjunta, mas não aFoto: Agência Brasil
Os trabalhadores da fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, decidiram, em assembleia nesta quarta-feira (4) parar as atividades por um dia como forma de defender a estabilidade no emprego. O ato tem o objetivo de tentar abrir negociações com a empresa.

Segundo nota do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, os empregados passaram a se sentir inseguros após o presidente da montadora no Brasil, Phillipp Schiemer, ter se manifestado, na semana passada, contrário à renovação do Programa de Proteção ao Emprego (PPE). Conforme o comunicado, o executivo alegou que a empresa tem nesta quarta-feira um excedente de mão de obra.

“A paralisação de hoje é um recado à direção da Mercedes. O presidente da montadora afirmou, na semana passada, que o PPE se esgotou e há um excedente de dois mil trabalhadores. Queremos deixar claro que queremos negociar uma solução conjunta, mas não aceitaremos demissões”, justificou, por meio de comunicado, o diretor administrativo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges.

Os metalúrgicos em greve devem retomar a produção da quinta-feira (5). Dados do sindicato da categoria indicam que a Mercedes tem, atualmente, 9,8 mil trabalhadores dos quais oito mil sob o regime de PPE, com jornada reduzida em 20%. A adesão ao PPE, ocorrida em setembro do ano passado, vai vencer em agosto deste ano.

A assessoria de imprensa da Mercedes-Benz confirmou a paralisação. Segundo a montadora, na fábrica de São Bernardo são produzidos caminhões, chassis de ônibus e agregados (peças como motores, câmbios e eixos) e estão empregadas cerca de 10 mil pessoas. Sobre a argumentação do sindicato de ameaça à não renovação dos contratos por meio do PPE ou riscos de demissões, a empresa preferiu não se manifestar.

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