quarta-feira, 22 de junho de 2016

PSB nega esquema e Marina se esquiva

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Wed Jun 22 06:00:00 BRT 2016 - TAUAN SATURNINO
Elza fiúza/abr
Marina Silva viajou com Eduardo Campos “como carona”
Diante da divulgação das investigações da Polícia Federal, a direção nacional do PSB divulgou uma nota. No texto, assinado pelo presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, a legenda se disse confiante na conduta do ex-governador Eduardo Campos. “A direção nacional do Partido Socialista Brasileiro, em face da Operação Turbulência, da Polícia Federal (...) informa à sociedade brasileira ter plena confiança na conduta do nosso querido e saudoso Eduardo Campos, ex-presidente e ex-governador de Pernambuco. O Partido apoia a apuração das investigações e reafirma a certeza de que, ao final, não restarão quaisquer dúvidas de que a campanha de Eduardo Campos não cometeu nenhum ato ilícito”, diz a nota.
Já a direção estadual do PSB optou por não se pronunciar sobre o caso, embora a Polícia Federal tenha dito que as investigações apontavam para possíveis irregularidades envolvendo o grupo de empresários e a campanha de Eduardo Campos para reeleição em 2010. Durante agenda no Arraial dos Direitos Humanos, em Olinda, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), reforçou o teor da nota de seu partido. “O PSB já se pronunciou e tem certeza que não houve nenhum tipo de irregularidade na campanha do ex-governador Eduardo Campos”, afirmou.

Marina Silva
Por sua vez, a ex-ministra do Meio Ambiente e candidata à Presidência da República nas eleições de 2010 e 2014, Marina Silva (Rede), comunicou, também em nota, que a logística de deslocamento de Eduardo Campos e de sua comitiva neste período era de responsabilidade exclusiva do PSB. “Viajei como carona em oito ocasiões, sempre na companhia de Eduardo Campos para cumprir agendas”, ressaltou.

Na opinião do cientista político Vanuccio Pimentel, caso “as investigações chegarem até o financiamento da campanha, Marina também começa a entrar no mesmo circuito dos demais candidatos. Embora ela tenha assumido a campanha com a morte de Eduardo Campos, todo o financiamento da chapa fica comprometido, caso se chegue a conclusão de que houve a injeção de recursos ilícitos na campanha. Creio que haverá sim um abalo na credibilidade dela como uma força política e até como candidata”, comentou.

Marina é defensora da realização de novas eleições presidenciais, por acreditar que a chapa presidencial composta por Dilma e Temer em 2014 apresentaria irregularidades, o que justificaria uma eventual cassação da chapa pelo TSE. Mas ela também foi alvo de especulações sobre a utilização de recursos ilícitos na campanha presidencial de 2010, quando esteve filiada ao PV. Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS teria afirmado, em delação premiada, que negociou a transferência ilegal de recursos para a campanha de Marina.

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