Maestro e violinista Israel de França foi recebido com festa no aeroporto. Foto: Mariana Gominho/DP?D.A Press |
Para Israel, a agressão que sofreu é fruto de racismo. "Acredito porque o brasileiro que estava comigo era branco e não sofreu nada". Pior ainda, segundo ele, foi ter sua imagem difamada diante de seu próprio país, o Brasil. "A polícia espanhola tentaram passar uma ideia errada de mim. Isso magoa bastante. Por outro lado, tenho autoridades brasileiras intercedendo a meu favor", defendeu.
A espera pela aterrisagem do voo de Israel foi longa. O filho, Marlos Alves de França, estava bastante ansioso para dar um abraço. "Foi angustiante ver ele passar por tudo aquilo, mas agora é dar apoio e tentar superar", afirmou.
Ex-professor de Israel, o maestro Almir Araújo também foi recepcioná-lo no hall do aeroporto. Ele criticou a atitude da polícia espanhola e pediu maior atenção ao caso por parte da embaixada brasileira naquele país, a fim de defender o povo e a cultura canarinhos. "O Brasil não é terra de ninguém para ter seu povo violentado dessa maneira".
Israel veio ao Recife para participar de um concerto de músicas clássica e popular no Teatro Santa Isabel no próximo dia 26. O evento, que faz parte da programação do Janeiro de Grandes Espetáculos, estava marcado desde a metade de 2012.
Nascido em Pernambuco, Israel foi criado no bairro de Peixinhos, em Olinda. Apesar desse "infeliz contratempo", Israel disse que por ora não pretende se mudar da Espanha. "No momento, o meu trabalho está lá, mas não descarto essa possibilidade. Foi muito difícil".
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