José Lins de Aragão, 60 anos, atuava há, pelo menos, um mês no consultório. Foto: Dario Veiga/Divulgação |
José Aragão estava atuando há, pelo menos, um mês no consultório e foi detido depois de uma denúncia de irregularidade no procedimento cirúrgico de um paciente. “Uma adolescente nos procurou na quarta-feira à noite, afirmando que ele teria cortado a gengiva dela usando como justificativa um possível câncer. Mas que não pediu nenhum exame mais detalhado para verificar o motivo real da inflamação. Os dentes dela teriam ficado mole, e ela ficou com debilidade na função mastigatória”, detalhou o delegado titular de Nazaré da Mata, Aristides Porpino.
Ao chegar ao consultório, na manhã desta quinta-feira, não foram encontrados documentos que comprovassem o curso superior e a inscrição no Conselho Regional de Odontologia (CRO). À polícia, José Aragão garantiu ter tirado diploma na Bolívia, mas afirmou ter perdido o documento, assim como o registro no conselho. “Ele disse ter perdido ou ter sido roubado, em 2005, mas não soube nem precisar em que delegacia prestou queixa”, contou o delegado. A mesma história teria sido utilizada por José Aragão para justificar a falta de documentos ao proprietário do consultório.
Ele estaria atuando no Brasil há 35 anos e moraria no Recife. Antes de ir para Nazaré, teria trabalhado no distrito de Guadalajara, em Paudalho. Ele realizava desde tratamento mais simples de limpeza bucal até cirurgias de alta complexidade. Tudo sem autorização. José Aragão será autuado por estelionato e exercício ilegal da profissão, podendo pegar até cinco anos de detenção. Ele será encaminhado ao Presídio de Limoeiro.
DIARIO DE PERNANBUCO
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