Viadutos da Agamenon Magalhães é tema de debate
urbanístico Arquitetos, engenheiros e estudantes se reuniram para analisar
proposta do Governo do Estado
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Como
líder da mesa redonda, o arquiteto e urbanista Múcio Jucá apresentou o
projeto do Governo do Estado de Pernambuco. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A
Press
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O
auditório do Centro Cultural dos Correios, no Centro do Recife, ficou pequeno
para tantos arquitetos, engenheiros e estudantes nesta quarta-feira (31). O
tema do debate foi a construção de viadutos na Avenida Agamenon Magalhães, uma
das vias mais importantes da cidade integrante do corredor Norte-Sul. Como
líder da mesa redonda, o arquiteto e urbanista Múcio Jucá apresentou o projeto
do Governo do Estado de Pernambuco, expôs críticas e desenvolveu conceitos
importantes para a mobilidade urbana.
Jucá defendeu a discussão de projetos urbanísticos com entidades de especialistas técnicos e a sociedade civil e destacou a necessidade de trabalhar o conceito de mobilidade junto ao de integração social. “Nós não entendemos a Agamenon Magalhães como via expressa. Isso é dizer que os carros particulares são prioridade, que a solução para o trânsito é aumentar a velocidade e só”, provocou. Para o arquiteto, é necessário pensar no transporte público, nos ciclistas e nos pedestres. “A calçada onde se situam as paradas de ônibus, próxima à via local, é impraticável: inclinada, estreita e com acessibilidade zero. É um perigo.”
Sobre a discussão entre a implantação do bus rapid transit (BRT) ou de monotrilhos na avenida como opções de transporte público, o professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) César Cavalcanti acredita que “a solução para o trânsito na Agamenon Magalhães vai além da questão da tecnologia”. Para ele, é preciso antes discutir o conceito desejado para a cidade - aumentar a capacidade da via de receber veículos ou priorizar o transporte público - para então elaborar uma saída.”Não poderíamos, como não ficamos, ficar calados diante desta tentativa de impor um projeto que vai contra o planejamento urbanístico mundial”, concluiu.
Segundo o engenheiro Fernando Arruda Amorim, um dos entraves no desenho urbanístico são os interesses econômicos de grandes empresas, que levam órgãos políticos a aprovarem iniciativas contrárias ao bem público. Já a arquiteta Clarissa Duarte pediu mais atenção para a colheita de dados importantes aos futuros trabalhos. “Não podemos continuar sem pesquisas ou com dados de dez, vinte anos atrás. A cidade mudou e temos que descobrir como para pensar o futuro.”
Jucá defendeu a discussão de projetos urbanísticos com entidades de especialistas técnicos e a sociedade civil e destacou a necessidade de trabalhar o conceito de mobilidade junto ao de integração social. “Nós não entendemos a Agamenon Magalhães como via expressa. Isso é dizer que os carros particulares são prioridade, que a solução para o trânsito é aumentar a velocidade e só”, provocou. Para o arquiteto, é necessário pensar no transporte público, nos ciclistas e nos pedestres. “A calçada onde se situam as paradas de ônibus, próxima à via local, é impraticável: inclinada, estreita e com acessibilidade zero. É um perigo.”
Sobre a discussão entre a implantação do bus rapid transit (BRT) ou de monotrilhos na avenida como opções de transporte público, o professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) César Cavalcanti acredita que “a solução para o trânsito na Agamenon Magalhães vai além da questão da tecnologia”. Para ele, é preciso antes discutir o conceito desejado para a cidade - aumentar a capacidade da via de receber veículos ou priorizar o transporte público - para então elaborar uma saída.”Não poderíamos, como não ficamos, ficar calados diante desta tentativa de impor um projeto que vai contra o planejamento urbanístico mundial”, concluiu.
Segundo o engenheiro Fernando Arruda Amorim, um dos entraves no desenho urbanístico são os interesses econômicos de grandes empresas, que levam órgãos políticos a aprovarem iniciativas contrárias ao bem público. Já a arquiteta Clarissa Duarte pediu mais atenção para a colheita de dados importantes aos futuros trabalhos. “Não podemos continuar sem pesquisas ou com dados de dez, vinte anos atrás. A cidade mudou e temos que descobrir como para pensar o futuro.”
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