Anúncio preconceituoso em jornais de PE gera polêmica em redes sociais
EM PEÇA, PRÓ-VIDA EQUIPARA HOMOSSEXUALISMO A PEDOFILIA E PROSTITUIÇÃO.
FOLHA DE PERNAMBUCO RECONHECE ERRO AO VEICULAR PUBLICIDADE.
Liberdade de expressão. Foi assim que a organização religiosa Pró-Vida Pernambuco tentou justificar o anúncio publicitário que veiculou, gerando polêmica nas redes sociais nesta terça-feira (4). Publicado na edição de segunda (3) do jornal Folha de Pernambuco, o anúncio, pago pelo movimento religioso, comparava o "homossexualismo" (sic) com a pedofilia, turismo sexual e exploração de menores. Para fazer a comparação, o Pró-Vida aproveitou o slogan "Recife te quer", utilizado na valorização da capital pernambucana, transformando-o em "Pernambuco não te quer".
Além do anúncio publicado na Folha de Pernambuco na segunda (3), o instituto publicou ainda um anúncio no Diário de Pernambuco de domingo (2), desta vez, contrário ao aborto. A publicidade foi elaborada pelo próprio instituto e, segundo seu presidente, Márcio Borba, visava o combate ao turismo sexual no estado.
“A Constituição permite o direito à liberdade de expressão, pensamento, culto, religião e opinião. O Fórum Pró-Vida trabalha com o combate ao turismo sexual. Identificamos quatro atrativos que colocam a cidade como destino: pedofilia, prostituição, exploração sexual de menores e prática do homossexualismo. Veja que a prática do turismo sexual heterossexual se dá pela prostituição, e o homossexual se dá pelo homossexualismo. O que o Fórum está dizendo é que Pernambuco não quer nenhuma dessas práticas emissoras de turismo sexual", disse Márcio Borba.
Segundo ele, recentemente, o Governo veiculou uma campanha turística voltada para o público gay. "A nosso ver, ela teve uma abordagem incorreta porque foi voltada especificamente para um segmento, chamando para a prática do homossexualismo. Fizemos três ofícios contrários, contamos com 1.391 assinaturas de pessoas que discordavam da forma como a estava sendo feita e não obtivemos resposta. Falei com o secretário de Turismo, e ele disse que não iria se pronunciar. Assim, a campanha saiu como está, a fim de questionar essa campanha que pretende transformar Pernambuco em um destino de turismo sexual, seja ele homossexual ou heterossexual. Sem discriminações por parte do fórum, apenas achamos que não precisa colocar o estado no mapa do turismo sexual do mundo", argumenta.
Márcio Borba critica a repercussão que o anúncio gerou. "Achamos que foi pela intolerância do segmento homossexual em aceitar críticas. Isso é contraditório à tolerância que eles pedem da sociedade. Aos que têm nos procurado para discutir o tema, temos discutido com estudos, conceitos, numa forma de alto nível. Aos que têm procurado o fórum com agressões, nós fazemos uma só pergunta: tolerância, só com o homossexualismo? Para os cristãos que são contra, só perseguição?”, questiona.
“A Constituição permite o direito à liberdade de expressão, pensamento, culto, religião e opinião. O Fórum Pró-Vida trabalha com o combate ao turismo sexual. Identificamos quatro atrativos que colocam a cidade como destino: pedofilia, prostituição, exploração sexual de menores e prática do homossexualismo. Veja que a prática do turismo sexual heterossexual se dá pela prostituição, e o homossexual se dá pelo homossexualismo. O que o Fórum está dizendo é que Pernambuco não quer nenhuma dessas práticas emissoras de turismo sexual", disse Márcio Borba.
Segundo ele, recentemente, o Governo veiculou uma campanha turística voltada para o público gay. "A nosso ver, ela teve uma abordagem incorreta porque foi voltada especificamente para um segmento, chamando para a prática do homossexualismo. Fizemos três ofícios contrários, contamos com 1.391 assinaturas de pessoas que discordavam da forma como a estava sendo feita e não obtivemos resposta. Falei com o secretário de Turismo, e ele disse que não iria se pronunciar. Assim, a campanha saiu como está, a fim de questionar essa campanha que pretende transformar Pernambuco em um destino de turismo sexual, seja ele homossexual ou heterossexual. Sem discriminações por parte do fórum, apenas achamos que não precisa colocar o estado no mapa do turismo sexual do mundo", argumenta.
Márcio Borba critica a repercussão que o anúncio gerou. "Achamos que foi pela intolerância do segmento homossexual em aceitar críticas. Isso é contraditório à tolerância que eles pedem da sociedade. Aos que têm nos procurado para discutir o tema, temos discutido com estudos, conceitos, numa forma de alto nível. Aos que têm procurado o fórum com agressões, nós fazemos uma só pergunta: tolerância, só com o homossexualismo? Para os cristãos que são contra, só perseguição?”, questiona.
Por outro lado, o editor geral da Folha de Pernambuco, Henrique Barbosa, admite o erro do veículo: “A gente reconhece que errou. Mas temos um histórico de convivência respeitosa com o movimento. Sempre nos pautamos por isso, sempre cobrimos as manifestações, nunca desrespeitamos grupo nenhum. Erramos e é lamentável. Não vai acontecer de novo”.
A Folha publicou ainda uma nota, em sua página do Facebook e no perfil do Twitter, em que se retrata:
“Com referência ao anúncio publicitário autorizado e pago pelo Instituto Pró-Vida PE, publicado na edição de segunda-feira, dia 3 de setembro, a Folha de Pernambuco afirma que o seu conteúdo de forma alguma reflete a opinião do Jornal. Ao longo dos seus 14 anos, a Folha vem construindo e mantendo uma relação de respeito junto aos seus leitores, focado na promoção dos direitos humanos, inclusive da comunidade LGBT, com quem o jornal mantém diálogo constante”.
Ainda de acordo com a direção comercial do jornal, o veículo deve publicar também uma nota de esclarecimento na edição da quinta-feira (5).
Por sua vez, o Diario de Pernambuco – que publicou o anúncio do Pró-Vida contrário ao aborto – informou que a publicidade passou pela aprovação do departamento jurídico da empresa, antes de ser impressa no jornal.
Procurado pela reportagem do G1, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) não se pronunciou devido a uma paralisação de 24 horas realizada nesta terça-feira. Para fazer uma denúncia ao MPPE, clique aqui.
A Folha publicou ainda uma nota, em sua página do Facebook e no perfil do Twitter, em que se retrata:
“Com referência ao anúncio publicitário autorizado e pago pelo Instituto Pró-Vida PE, publicado na edição de segunda-feira, dia 3 de setembro, a Folha de Pernambuco afirma que o seu conteúdo de forma alguma reflete a opinião do Jornal. Ao longo dos seus 14 anos, a Folha vem construindo e mantendo uma relação de respeito junto aos seus leitores, focado na promoção dos direitos humanos, inclusive da comunidade LGBT, com quem o jornal mantém diálogo constante”.
Ainda de acordo com a direção comercial do jornal, o veículo deve publicar também uma nota de esclarecimento na edição da quinta-feira (5).
Por sua vez, o Diario de Pernambuco – que publicou o anúncio do Pró-Vida contrário ao aborto – informou que a publicidade passou pela aprovação do departamento jurídico da empresa, antes de ser impressa no jornal.
Procurado pela reportagem do G1, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) não se pronunciou devido a uma paralisação de 24 horas realizada nesta terça-feira. Para fazer uma denúncia ao MPPE, clique aqui.
Prefeitura
A Prefeitura do Recife enviou uma nota afirmando que "lamenta o anúncio publicado, que desrespeita frontalmente o público LGBT, apropriando-se indevidamente do conceito de uma marca construída pela gestão municipal ao longo dos últimos anos, o 'Recife Te Quer'".
A Prefeitura do Recife enviou uma nota afirmando que "lamenta o anúncio publicado, que desrespeita frontalmente o público LGBT, apropriando-se indevidamente do conceito de uma marca construída pela gestão municipal ao longo dos últimos anos, o 'Recife Te Quer'".
Na nota, a PCR reforça que o posicionamento da instituição responsável pelo anúncio não reflete a realidade dos turistas que visitam a capital pernambucana, reconhecida como um "destino friendly", e lembra que a Parada da Diversidade acontece no dia 16 deste mês, com apoio das secretarias municipais de Turismo e Direitos Humanos e Segurança Cidadã
. fonte blog do oge
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