sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Julgamento

Balão gigante no céu de Paris pede que Obama perdoe Snowden


AFP
Snowden, que vive exilado na Rússia, pode ser julgado por espionagem e outras acusações nos Estados Unidos com penas de até 30 anos de prisão / Foto: AFP
Snowden, que vive exilado na Rússia, pode ser julgado por espionagem e outras acusações nos Estados Unidos com penas de até 30 anos de prisãoFoto: AFP
Um balão gigante com o rosto de Edward Snowden flutuou nesta sexta-feira (13) no céu de Paris, perto de uma réplica da Estátua da Liberdade, em uma ação organizada pela Anistia Internacional para pedir que o presidente Barack Obama indulte o técnico da inteligência. Ao pé da versão parisiense do emblemático monumento de Nova York, ambas produzidas pelo francês Auguste Bartholdi, um cartaz amarelo pedia "perdão para Snowden".

"Em uma semana termina o mandato de Obama. Lançamos uma campanha mundial para pedir que indulte Snowden antes de sua partida", declarou Nicolas Krameyer, da Anistia Internacional. Uma petição, que obteve "mais de um milhão de assinaturas em 120 países", será entregue nesta sexta-feira na Casa Branca, acrescentou.
Edward Snowden, ex-consultor da Agência de Segurança Nacional (NSA), vazou à imprensa milhares de documentos classificados em 2013, que revelaram o alcance de um programa de vigilância de dados privados que os Estados Unidos colocaram em andamento após os atentados de 11 de setembro de 2001.
Snowden, que vive exilado na Rússia, pode ser julgado por espionagem e outras acusações nos Estados Unidos com penas de até 30 anos de prisão. Desde setembro foi realizada uma campanha para pedir o perdão presidencial, que recebeu o apoio do investidor George Soros e do diretor-executivo do Twitter, Jack Dorsey.
Seus advogados tentam conseguir a clemência antes que Obama entregue o poder em janeiro ao republicano Donald Trump, que criticou Snowden durante a campanha. "Penso que é um total traidor e o trataria severamente", declarou o magnata.
Snowden insiste que voltaria aos Estados Unidos se permitissem que ele explicasse ante um juri por que vazou a informação, mas a acusação de espionagem que pesa contra ele não permite esta possibilidade. O ex-consultor da inteligência americana declarou nesta semana que não esperava o perdão de Barack Obama.

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