sábado, 15 de outubro de 2016

Zurique

FIFA decidirá em janeiro número de seleções na Copa do Mundo-2026


AFP
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, afirmou ser favorável a um Mundial com 48 equipes. / Foto: Fifa.
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, afirmou ser favorável a um Mundial com 48 equipes.Foto: Fifa.
O novo formato da Copa do Mundo-2026, que poderá ser ampliado de 40 para 48 equipes, será decidido na próxima reunião do Conselho da Fifa em 9 e 10 de janeiro, explicou nesta sexta-feira a entidade.
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, afirmou ser favorável a um Mundial com 48 equipes e a possibilidade de sede conjunta entre vários países.
"Após discussão com um espírito positivo, terá novas análise e uma decisão final será tomada na próxima reunião do Conselho", em 9 e 10 de janeiro em Zurique, explicou Infantino à imprensa.
"A decisão de uma expansão não deve ser financeira ou política. Devemos decidir o que é melhor para o desenvolvimento do futebol e não há nada melhor para promover o futebol que ver sua equipe participar de um grande torneio como a Copa do Mundo", declarou Infantino.
"Seja qual for o custo, será compensado por vedo de ingressos adicionais", promete Infantino, após dois dias de reunião do governo do futebol mundial onde só "os princípios" de um Mundial a 48 foram discutidos e não os detalhes.
Resta então pouco tempo ao sucessor de Sepp Blatter para convencer a algumas federações e confederações ainda céticas.
De acordo com o novo formato defendido por Infantino, as 16 seleções vencedoras de seus grupos nas eliminatórias se classificariam diretamente à Copa, enquanto as outras 32 seleções sairiam de uma repescagem, com a vaga sendo decidida em confrontos diretos.
Alguns membros do Conselho da Fifa "não estão a favor desta formato, mas Infantino pressiona para um Mundial de 48 equipes", confirmou um membro do Conselho que não quis ser identificado.
A Uefa, através de seu presidente Aleksander Ceferin, garantiu que não se opõe a este novo formato ampliado, seguindo outras fontes.
"Há ainda trabalho a realizar. São só princípios e penso que em janeiro teremos elementos mais concretos e estaremos aptos a nos posicionar", afirmou Victor Montagliani, presidente da federação canadense de futebol e da Concacaf.

Candidaturas conjuntas

"A tendência é um aumento de formato. Veremos qual será o número exato de equipes admitidas e então falaremos dos critérios de repartição entre cada confederação, mas esta repartição ainda não foi discutida", afirmou o belga Michel D'Hooghe.
Em um momento em que o processo de candidatura ainda não foi lançado, uma candidatura conjunta entre Estados Unidos e Canadá e outra com Argentina e Uruguai são citadas como possibilidades para a edição 2026 da Copa do Mundo.
Mas o Conselho criou uma emenda em seu regulamento sobre a rotação dos continentes em relação à candidatura.
Depois do Mundial-2018 na Rússia e de 2022 no Catar, uma candidatura europeia poderia ser aceita para 2026 se "nenhum dos outros candidatos responder aos critérios técnicos e financeiros".
O Conselho também decidiu as datas do próximo Congresso da Fifa (11 de maio em Manama, no Bahrein) e da entrega em Zurique do "Fifa Awards" (9 de janeiro), que entregará o prêmio de melhor jogador do mundo.
Infantino afirmou também que visitará Israel e Palestina "quando houver progressos", em um momento em que a Federação Palestina de Futebol pressiona a Fifa para punir os clubes das colônias israelenses na Cisjordânia ocupada.
"Tenho previsto visitar a região quando puder ter um impacto e quando houver progressos", declarou Infantino.
Seis clubes das colônias israelenses, cuja ocupação é considerada ilegal pelo direito internacional, jogam em diferentes divisões do campeonato israelenses.
O presidente da comissão da Fifa sobre Israel/Palestina, o sul-africano Tokyo Sexwale, não pôde apresentar um relatório final sobre o tema.
"Uma reunião da comissão está prevista para novembro", explicou Sexwale.
"Estamos aqui para encontrar soluções para o esporte. Não somos um órgão político, não estamos aqui para solucionar problemas políticos. Progressos foram feitos, está situação destes seis clubes está aberta, vamos deixar a comissão trabalhar", completou.

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