quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Eliminatória

Brasil recebe Bolívia para dar continuidade à retomada de Tite


AFP
Tite venceu as duas primeiras partidas no comando da Seleção / Foto: AFP
Tite venceu as duas primeiras partidas no comando da SeleçãoFoto: AFP
Embalada com as duas vitórias nas primeiras partidas sob o comando de Tite, a seleção brasileira encara a Bolívia com ânimo renovado, nesta quinta-feira (6), em Natal, pela nona rodada das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2018.

Ao vencer com autoridade Equador (3-0) e Colômbia (2-1), em setembro, o Brasil pulou da sexta posição, fora da zona de classificação para o Mundial, para a vice-liderança, com 15 pontos, um atrás do Uruguai.

Com confrontos em teoria mais fáceis, contra Bolívia (8º) e a lanterninha Venezuela, existe boa possibilidade de encerrar a sequência de dois jogos no topo da tabela, até porque a 'Celeste' terá um duelo duríssimo na Colômbia na décima rodada.

Mesmo assim, Neymar e companhia precisam encarar os bolivianos com cautela. O Brasil não vence este adversário em eliminatórias há 12 anos, com dois empates e uma derrota nas últimas três partidas oficiais.

A Bolívia também está de técnico novo, e obteve ótimos resultados sob o comando do argentino Ángel Guillermo Hoyos, com vitória em casa no clássico andino com o Peru (2-0) e empate sem gols com o Chile, atual bicampeão continental, em Santiago.

Thiago Silva de volta 

Enquanto a chegada de Hoyos resultou no retorno de Marcelo Moreno, ex-atacante de Cruzeiro, Flamengo e Grêmio, à seleção boliviana, Tite promoveu na sua segunda convocação a volta de três atletas marcados pelo fracasso na Copa do Mundo de 2014: Thiago Silva, Oscar e Fernandinho.

O único que deve ser titular é Fernandinho, autor de um bom início de temporada sob comando de Pep Guardiola no Manchester City, que deve jogar no lugar de Casemiro, lesionado.

O volante nunca trabalhou com Tite, mas já vê até semelhanças do ex-treinador do Corinthians com Guardiola. 

"Eu me sinto um felizardo por estar trabalhando com dois técnicos de alto nível. Se fosse para comparar, falaria da forma de tratar os jogadores, conversando, com diálogo aberto, olho no olho", elogiou. 

Thiago Silva, por sua vez, terá que esperar mais um pouco. De volta à seleção depois de um ano e três meses de ausência, o zagueiro de 32 anos treinou entre os reservas na terça-feira.

Tite vai repetir a dupla formada por Miranda e o jovem Marquinhos, companheiro de clube do 'Monstro' no Paris Saint-Germain, que ganhou muito prestígio na conquista da medalha de ouro com a seleção olímpica.

Incertezas no meio 

Para o duelo com os bolivianos, Tite precisa lidar com três desfalques de peso: além de Casemiro e Marcelo, outro jogador do Real Madrid cortado por lesão, o treinador não poderá contar com Paulinho, que terá que cumprir suspensão e só poderá jogar contra a Venezuela.

No total serão quatro mudanças em relação às duas partidas anteriores.

No meio, Paulinho será substituído por Giuliano, que vem fazendo um grande início de temporada com o Zenit São Petersburgo.

Renato Augusto será mantido, com Fernandinho jogando no lugar de Casemiro.

Na lateral-esquerda, Filipe Luís, em ótima fase no Atlético de Madri, vai recuperar o lugar que foi dele ao longo da era Dunga.

Outra novidade será a escalação de Philippe Coutinho na ponta direita, no lugar de Willian, com Neymar na esquerda e Gabriel Jesus jogando mais centralizado.

"A chave será manter Neymar bem marcado e temos jogadores capazes de neutralizá-lo", avisou o goleiro da seleção boliviana, Carlos Lampe.

O craque do Barcelona vem se desdobrando no seu clube, para suprir a ausência de Messi, lesionado, e marcou três gols nas últimas três partidas.

A defesa também precisa ficar de olho em Gabriel Jesus. O caçula da seleção foi o último a chegar a Natal, na terça-feira, um dia depois da vitória por 3 a 2 do Palmeiras sobre o Santa Cruz, no Recife. 

Autor de dois gols contra o Equador, o atacante de 19 anos simboliza os novos rumos que a seleção está tomando com Tite, com jogo mais solto e aposta no talento da geração que se consagrou com o ouro olímpico sob o comando de Rogério Micale.

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