IBGE
Desemprego no 1º trimestre vai a 10,9%, maior taxa da série
Estadão Conteúdo
O desemprego ficou dentro das expectativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que estimavam uma taxa entre 10,10% e 11,10%Foto: Acervo
A taxa de desocupação no Brasil ficou em 10,9% no primeiro trimestre de 2016, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do maior resultado já registrado na série da pesquisa, iniciada no primeiro trimestre de 2012.
O dado ficou dentro das expectativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que estimavam uma taxa de desemprego entre 10,10% e 11,10%, com mediana de 10,70%.
No quarto trimestre do ano passado, a taxa de desemprego medida pela pesquisa estava em 9,0%. Nos primeiros três meses de 2015, o resultado foi de 7,9%.
NÚMERO DE DESEMPREGADOS - O número de desempregados no Brasil atingiu também recorde. São 11,089 milhões de brasileiros atrás de um emprego sem encontrar. Trata-se do maior registro da série, iniciada no primeiro trimestre de 2012.
O número de desocupados cresceu em todos os confrontos. Ante os três primeiros meses de 2015, a alta foi de 39,8%, o que significa 3,155 milhões de pessoas a mais na fila por uma vaga. Na comparação com o quarto trimestre, a alta foi de 22,2%. Apenas na passagem do trimestre, 2,016 milhões de brasileiros engrossaram a busca por trabalho.
Enquanto a procura aumenta, a disponibilidade de vagas diminui. O Brasil fechou 1,384 milhão de vagas no primeiro trimestre de 2016 ante igual período de 2015, uma queda de 1,5% no período. No confronto com o quarto trimestre do ano passado, o baque foi ainda maior, com extinção de 1,606 milhão de postos, recuo de 1,7%.
O número de pessoas que fazem parte da força de trabalho - em atividade ou dispostas a conseguir emprego - aumentou 1,8% entre janeiro de março deste ano ante igual período de 2015 (1,771 milhão de pessoas a mais). Ante o quarto trimestre de 2015, a alta foi de 0,4% (mais 410 mil pessoas).
RENDA - A renda média real do trabalhador foi de R$ 1.966 no primeiro trimestre de 2016. O valor representa queda de 3,2% ante igual período do ano passado. Já na comparação com o quarto trimestre de 2015, houve avanço de 0,3%.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 173,45 bilhões no primeiro trimestre deste ano, queda de 4,1% ante igual período de 2015. Já em relação ao quarto trimestre do ano passado, houve retração de 1,3%.
Desde janeiro de 2014, o IBGE passou a divulgar a taxa de desocupação em bases trimestrais para todo o território nacional A nova pesquisa substitui a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrangia apenas as seis principais regiões metropolitanas, e também a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) anual, que produz informações referentes somente ao mês de setembro de cada ano.
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