quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

VIOLÊNCIA

Com 53 assaltos registrados em 2015, bancários cobram maior fiscalização sobre bancos

O aumento em relação a 2014 é de 230%. Sindicato atribui crescimento a fragilidades e especialização das quadrilhas


Cidades

Pelo menos 27 caixas eletrônicos foram explodidos no Estado, este ano, conforme sindicato / Alexandre Gondim/JC Imagem

Pelo menos 27 caixas eletrônicos foram explodidos no Estado, este ano, conforme sindicato

Alexandre Gondim/JC Imagem


O Sindicato dos Bancários de Pernambuco realizou coletiva, na tarde desta terça, onde apresentou balanço do número de assaltos a banco e cobrou maior fiscalização por parte da Prefeitura do Recife. Conforme a entidade, este ano foram registradas 53 ocorrências, entre assaltos, tentativas de assalto, explosões e arrombamentos de caixas eletrônicos. O aumento em relação a 2014 (com 16 casos) é de 230%.
"O crescimento é alarmante. A prefeitura do Recife precisa cobrar dos bancos a instalação dos itens de segurança previstos na lei 17.647, aplicar multas e interditar as agências quando necessário", afirma a presidente do sindicato, Suzineide Rodrigues. Além das fragilidades das agências, ela acredita que as quadrilhas vêm se especializando em novas formas de atuação.
O secretário de assuntos jurídicos do sindicato, João Rufino, salienta que dois itens da lei não são cumpridos: a implantação de vidros blindados nas agências e a proporção de dois vigilantes por pavimento. "Se esses itens fossem cumpridos teríamos 18 assaltos a menos", contabiliza. "Mas sabemos das dificuldades técnicas para a questão dos blindados e estamos estudando outra alternativa tecnológica".
A ideia do sindicato é ampliar a blindagem dos vidros para todo o Estado, assim como a implantação de escudos blindados para os vigilantes, impedindo a abordagem de criminosos. Conforme os bancários, o Sindicato dos Vigilantes registrou 132 revólveres roubados durante assaltos, este ano, além de 792 munições e 30 coletes à prova de balas.
Outra questão levantada foi o fato de a violência estar atingindo a saúde dos bancários. "Este ano já temos 23 funcionários afastados em decorrência de traumas provocados por assaltos. Houve sequestros de familiares e banários, agressão física, tiros e ainda há a pressão pelo cumprimento de metas, a tensão é constante. Quando há assalto, a agência é responsabilizada e isso afeta o cumprimento da meta", destacou o secretário de saúde do sindicato, Wellington Trindade.

PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA

Estudo da FGV sugere que Pernambuco rompa contrato da concessão de Arena

A operação da Arena é deficitária e quem paga o prejuízo é o Governo do Estado


Do Estadão Conteúdo

Governo de Pernambuco estuda o que fazer com a Arena / Foto: Acervo JC Imagem

Governo de Pernambuco estuda o que fazer com a Arena

Foto: Acervo JC Imagem


Governo do Estado de Pernambuco anunciou nesta terça-feira que recebeu o estudo que havia encomendado à Fundação Getúlio Vargas (FVG) a respeito do contrato de concessão da Arena Pernambuco. Conforme já se imaginava que ocorresse, a FGV sugere que o acordo com a Odebrecht, válido até 2043, seja rompido.
Quando a concessão estava sendo discutida foi feita uma projeção apontando receita de R$ 73 milhões com jogos de Sport, Santa Cruz e Náutico no estádio, localizado na cidade de São Lourenço da Mata. Mas só no Náutico, clube de menor torcida que os rivais, assinou contrato para utilizar o estádio. Santa Cruz e Sport jogam lá apenas esporadicamente.
Por isso, a operação da Arena é deficitária e quem paga o prejuízo é o Governo do Estado. De acordo com a concessionária, em 2013 o déficit foi de R$ 29,7 milhões. No ano passado, de R$ 24,4 milhões. Para esta temporada, a conta também não deverá fechar. O estádio recebeu 41 partidas, com público médio de 10 mil pessoas, apenas, o que não ocupa nem 25% do estádio.
Agora, o Governo de Pernambuco estuda o que fazer com a Arena. A sugestão da FGV é que o contrato com o Odebrecht seja rompido. "Não obstante já ser possível extrair do estudo que o contrato deva ser revisto ou desfeito, em razão, entre outros motivos, da não confirmação da expectativa de receita que balizou sua celebração, o trabalho da FGV será objeto de detida análise por parte do corpo técnico do Estado", explicou o Palácio do Campo das Princesas.
"Concluída a análise técnica, o Governo comunicará à sociedade a decisão a ser tomada em relação a este contrato de concessão", completou o Estado, em nota.
Em agosto, a Polícia Federal deflagrou a Operação Fair Play, que apura superfaturamento na construção da Arena Pernambuco. A obra, estimada em R$ 796 milhões, pode ter sido superfaturada em R$ 42,8 milhões. De acordo com a PF, houve fraude na licitação da obra. O escritório da Odebrecht em Recife foi um dos locais nos quais foi cumprida ordem de busca e apreensão.
Corrida

Africanos são favoritos, mas brasileiros podem quebrar hegemonia na São Silvestre


Do Estadão Conteúdo
Favoritos da São Silvestre se reúnem em São Paulo / Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas
Favoritos da São Silvestre se reúnem em São PauloFoto: Paulo Pinto/Fotos Públicas
Os corredores africanos estão animados para a disputa da 91 ª Corrida Internacional de São Silvestre, nesta quinta-feira (31), mas eles sabem que existem brasileiros que podem quebrar essa hegemonia dos estrangeiros na prova disputada nas ruas de São Paulo. Se no pelotão de elite estarão Dawit Admasu, campeão da prova em 2014, e Stanley Biwott, campeão da Maratona de Nova York, entre os atletas nacionais as expectativas recaem sobre Giovani dos Santos, Solonei da Silva, Wagner da Silva Noronha e Damião dos Santos.
No masculino, a última vez que um brasileiro venceu foi em 2010, com Marilson Gomes dos Santos. No feminino, Lucélia Peres levou o País para o lugar mais alto do pódio pela última vez em 2006. "Sei que os brasileiros podem vencer, pois são bons atletas", afirmou o queniano Biwott, que aponta a diferença entre a São Silvestre e a Maratona de Nova York. "Aqui são 15 quilômetros, lá 42. É mais competitivo aqui com a distância menor", avisou.

O atleta sabe que, apesar do título na tradicional prova nos Estados Unidos, ele terá de se esforçar para melhorar seu melhor resultado em São Paulo, um sétimo lugar. "Na minha opinião, é uma prova dura, com um percurso bem técnico e que reúne bons atletas. Estou bem treinado, conheço o trajeto muito bem e estou preparado para enfrentar os desafios do percurso e os adversários, mas sei que não será fácil".

O etíope Admasu vai defender o título do ano passado e sabe que a concorrência para lhe tirar o posto de número 1 será grande. "Eu venci no ano passado e estou preparado para ganhar novamente É uma competição forte, muito importante para mim, por isso que tenho treinado duro nas últimas semanas", contou.

Ele sabe que precisa ser mais rápido nesta edição, até porque venceu em 2014 com o pior tempo desde que a prova passou a ser disputada com 15 km, a partir de 1991. Ele foi o único ganhador a fazer o percurso acima dos 45 minutos. "Sei que os brasileiros estão fortes, mas minha vantagem é que agora conheço o percurso e isso fará muita diferença", disse, lembrando que adora correr em São Paulo. "O Brasil é um país incrível".

No pelotão de elite brasileiro, os nomes mais fortes são de Giovani dos Santos, quinto colocado na São Silvestre do ano passado e tetracampeão da Volta Internacional da Pampulha, prova de 17,8 quilômetros em Belo Horizonte, e Solonei da Silva, campeão da Maratona de São Paulo em 2013 e da Meia Maratona de São Paulo em 2015 e com índice para disputar a maratona nos Jogos Olímpicos do Rio.

Se no masculino existe uma grande expectativa de quebrar jejum de títulos nacionais, apesar das dificuldades, no feminino a situação é pior ainda e as chances são mais remotas, pois existe um abismo entre as corredoras africanas e as atletas brasileiras Em 40 edições para as mulheres, apenas cinco vezes o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio: com Carmem Oliveira (1995), Roseli Machado (1996), Maria Zeferina Baldaia (2001), Marizete Rezende (2002) e Lucélia Peres (2006).

FEMININO - O jejum de oito edições deve continuar, mas algumas mulheres vão tentar tirar as africanas do Quênia e da Etiópia do pódio, como Joziane Cardozo, melhor do País na edição do ano passado, com um oitavo lugar, e Sueli Pereira, nona colocada em 2014.

Quem vai defender o título é a etíope Ymer Ayalew, que venceu a prova também em 2008. "Quero ganhar novamente aqui no Brasil. Respeito as minhas adversárias, mas quero vencer e vou fazer de tudo para conseguir isso. Eu tenho boas lembranças do Brasil, onde sempre fui bem recebida. Adoro competir aqui e espero contar com a torcida novamente", disse.

Sua principal adversária é a queniana Maurine Kipchumba, que venceu a São Silvestre em 2012 e vai tentar repetir a dose. "Estou com boas expectativas para essa corrida. Me sinto bem fisicamente, mas sei que numa prova dessas tudo pode acontecer. Vai depender um pouco das condições climáticas, mas vou tentar me concentrar somente na minha corrida, sem me preocupar com as outras atletas".

TRIBUTOS

2016 vai começar com aumento de impostos em Pernambuco

Pacote anticrise do governo do Estado começa a vigorar no próximo dia 1º de janeiro


Da Editoria de Economia

Secretário da Fazenda, Márcio Stefanni, anunciou pacote em setembro / Ricardo B. Labastier/JC Imagem

Secretário da Fazenda, Márcio Stefanni, anunciou pacote em setembro

Ricardo B. Labastier/JC Imagem

Na virada do ano, quando o pernambucano ligar do celular para a família e os amigos desejando feliz 2016, estará pagando mais imposto. No dia 1º de janeiro entra em vigor o pacote de aumento de tributos proposto pelo governo do Estado. As medidas vão reforçar o caixa do Estado depois de um ano de crise e de déficit nas contas públicas. A estimativa é de que o “tarifaço” represente um incremento de R$ 487,8 milhões na arrecadação. Do lado do consumidor, as mudanças vão significar mais arrocho. Vão aumentar o ICMS das contas de telefone, gasolina, TV por assinatura e produtos como roupas, sapatos, acessórios, alguns alimentos e outros itens, além de IPVA e Imposto Sobre Causas Mortis e Doações (ICD).
Um dos maiores aumentos de alíquota de ICMS será o de TV por assinatura, que vai passar de 10% para 15%. Os serviços de telecomunicações terão tarifa ajustada de 28% para 30%. As operadoras de telefonia celular já começaram a enviar torpedos aos usuários, informando que os valores dos planos serão alterados, em função da nova alíquota de ICMS. Quem tem uma conta de R$ 100, o equivalente a R$ 28 é arrecadado para o governo. A partir de 1º de janeiro passará a ser de R$ 30.
Na avaliação do presidente do Instituto de Estudos Tributários de Pernambuco (Ipet), Elmo Queiroz, o pacote de impostos pode significar mais aumento na inflação em 2016. “As empresas já estão pressionadas pelos custos altos e redução do consumo. Será difícil arcar com mais impostos sem repassar ao cliente”, observa. Em 2015, a inflação alcançou dois dígitos e deverá fechar perto dos 11% (10,8%). Para 2016, o Banco Central projeta uma inflação de 6,86%. Os resultados ultrapassam a meta de 4,5% do governo e o teto da meta (6,5%).
A gasolina será um dos produtos responsáveis por puxar a inflação em 2016. Além dos aumentos acumulados em 2015, o governo de Pernambuco vai elevar o ICMS do produto de 27% para 29%. Na bomba, isso vai representar um aumento de R$ 0,08 a R$ 0,10 por litro. Em contraponto, o governo vai reduzir o imposto do etanol de 25% para 23%, levando em consideração que o setor sucroalcooleiro é estratégico para o Estado.
Produtos que não têm legislação específica terão o ICMS elevado de 17% para 18%. Isso significa dizer que todas as classes sociais vão sentir o impacto, em função do grande número de itens que vão integrar essa lista, incluindo alimentos, vestuário, sapato, acessórios, eletroeletrônicos e outros.
IPVA
Ser proprietário de um carro vai ficar mais caro não só pelo custo do combustível. O próximo carnê do IPVA vai chegar com aumento de alíquota. Quem tem veículo de até 180 cavalos vai pagar 3%, ao invés dos antigos 2,5%. Para os carros com mais de 180 cavalos vai passar de 2,5% para 4%. As cinquentinhas que não pagavam IPVA passam a arcar com 2,5%. Os donos de aeronaves e embarcações de lazer que também não pagavam IPVA terão alíquota de 6%

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Previsão

Terça-feira de chuva em todo o território do Estado



Do NE10
Chuva forte e trovões marcaram esta madrugada  / Foto: Ricardo Carneiro/JC Imagem
Chuva forte e trovões marcaram esta madrugadaFoto: Ricardo Carneiro/JC Imagem
A previsão do tempo para Pernambuco nesta terça-feira (29) é de chuva em todo o território. Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac), o céu no Grande Recife deve variar entre nublado e parcialmente nublado com chuva contínua no período da manhã. As temperaturas variam entre 23ºC e 30ºC.
Na Zona da Mata, o céu também deve variar entre nublado e parcialmente nublado, com chuva no período da manhã. As temperaturas ficam entre 21ºC e 30ºC. No Agreste, devem ocorrer chuvas isoladas de de pouca intensidade pela manhã. A temperatura mínima é de 18ºC e a máxima de 32ºC.

No Sertão pernambucano, as chuvas devem ocorrer no período da tarde e noite com intensidade moderada. As temperaturas variam entre 22ºC e 34ºC. Já no Arquipélago de Fernando de Noronha, devem haver precipitações no período da manhã. As temperaturas vão de 24ºC a 30ºC.

INDÚSTRIA

Pernambuco terá uma nova cervejaria, com investimento de R$ 118,4 milhões

Fábrica será construída em Igarassu e vai gerar 225 empregos quando entrar em operação


Da Editoria de Economia

O polo cervejeiro de Pernambuco - integrado por grandes companhias do setor - vai ganhar um concorrente local. A IBBEB Indústria Brasileira de Bebidas vai investir R$ 118,4 milhões na implantação de uma fábrica no município de Igarassu, no Grande Recife. Comandado pelo empresário Carlos Pessoa de Queiroz - com expertise no setor sucroalcooleiro -, o empreendimento tem previsão para começar a operar em 2018, com a geração de 225 empregos. O anúncio foi feito ontem, durante a quarta e última reunião do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic), que aprova incentivos fiscais para projetos no Estado.
“A ideia dos investidores é antecipar a comercialização do produto para tornar a marca conhecida antes da instalação da indústria. A empresa está fazendo estudo de localização para identificar as plantas de cerveja no Nordeste que podem ser parceiras na terceirização da produção. Se for fechada a parceria, a proposta é iniciar as vendas no segundo semestre de 2016”, observa o consultor Marcio Borba, responsável pelo projeto.
A proposta da IBBEB é fabricar, cerveja, chope, refrigerante e outro dez tipos de bebidas. A aposta inicial será na cerveja, que teve a marca batizada de Umma. A indústria terá capacidade para produzir 1 milhão de hectolitros de cerveja e chope e 1 milhão de hectolitros de refrigerantes. Quando estiver em plena operação, a planta terá faturamento R$ 463 milhões. Os 225 empregados serão contratados na fase de teste para a implantação, prevista apenas para 2016. A empresa ainda não informa quais são as categorias profissionais, mas as indústrias do setor costumam contratar operadores de máquinas e pessoal de logística e de vendas.
Márcio Borba conta que o projeto vinha sendo estudado desde 2011 e que só saiu do papel quando foi concluída a estrutura de capital. A concorrência é acirrada no setor cervejeiro, com pesados investimentos em marketing e tecnologia. A última cervejaria pernambucana que tentou competir nesse mercado foi a Frevo, que acabou fechando. A IBBEB ainda não informou qual será seu posicionamento de mercado. O produto vai começar sendo vendido em Pernambuco e depois chega aos demais Estados do Nordeste.
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões, comemorou o resultado do ano, apesar do cenário adverso. “Aprovamos R$ 620 milões em projetos e atraímos outros que ainda vão passar pelo Condic, a exemplo da Unilever e da Mineradora Floresta”, destaca. 
Barragem

Laudo aponta que Rio Doce estará sujeito a danos ‘imprevisíveis’ ao longo dos anos


Da Agência Globo
Recuperação da qualidade das águas do Rio Doce será um processo “longo e persistente”, conforme o documento da ANA / Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
Recuperação da qualidade das águas do Rio Doce será um processo “longo e persistente”, conforme o documento da ANAFoto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
As águas do Rio Doce, depois do maior desastre ambiental da História do país, estarão sujeitas a novos picos de turbidez (água turva), quedas de oxigênio, aumentos na concentração de metais e prejuízos para os dependentes da bacia por períodos “indeterminados e imprevisíveis”. Por essa razão, o abastecimento de água em 12 cidades de Minas Gerais e Espírito Santo que precisam do rio dependerá de “novos mananciais, implantação de poços profundos e sistemas de adução”. Essas 12 cidades concentram mais de 550 mil moradores.
É o que sustenta um laudo da Agência Nacional de Águas (ANA), finalizado em 27 de novembro, e que foi utilizado para embasar ação civil pública da União que pede indenização de R$ 20 bilhões por conta do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). A ação tramita na Justiça Federal em Minas e tem como alvos a mineradora Samarco, a quem pertencia a barragem, e as empresas Vale e BHP Billiton, controladoras da Samarco.

A Advocacia Geral da União (AGU) e os estados de Minas e Espírito Santo são os autores da ação, que se baseou em pareceres do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), da ANA e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), entre outros órgãos federais. No último dia 18, a Justiça acatou um pedido contido na ação civil pública e determinou que a Samarco deposite R$ 2 bilhões para reparação de danos em caráter emergencial.

“O Rio Doce em seus 650 quilômetros de extensão atingidos pela lama foi ferido de morte pelo verdadeiro cataclismo que resultou da ruptura da barragem do Fundão em Mariana na mina da Samarco”, cita o laudo da ANA, assinado pelo coordenador da Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade da Água, Maurrem Vieira. Três diretores da ANA corroboram o parecer.

O documento aponta que outros fatores externos vão interferir na qualidade da água. “A qualidade da água do Rio Doce ainda estará sujeita a variações turbulentas decorrentes da sedimentação da massa de rejeitos quando da ocorrência de chuvas e consequente aumento da vazão, intervenções físicas abruptas no rio e outras ações antrópicas que possam aumentar o poder de degradação e transporte de sedimentos acumulados na sua calha”, diz a ANA na conclusão do parecer.

PROCESSO “LONGO” - A recuperação da qualidade das águas do Rio Doce será um processo “longo e persistente”, conforme o documento da ANA, e precisará extrapolar a remoção do material arrastado para o rio. O laudo informa que existem 169 pontos de captação de água no Doce, a maioria para mineração — 72 pontos. A irrigação faz uso de 46 pontos de captação, seguida de abastecimento público, com 26 pontos, e indústrias, com 16.

Na bacia do Rio Doce, existem oito usinas hidrelétricas de maior porte. Quatro estão em trechos do rio atingidos pela onda de lama, como consta no parecer da ANA. A usina Candonga chegou a interromper o funcionamento de duas das três comportas existentes por conta da lama. Além disso, a onda de rejeitos levou ao assoreamento quase total do volume morto do reservatório, segundo informações preliminares usadas no laudo da ANA.

ELEVAÇÃO DE METAIS PESADOS - A ANA detectou uma “súbita e expressiva elevação” de concentrações de alumínio, cádmio, chumbo, níquel, ferro e manganês nas águas do Rio Doce logo após o rompimento da barragem de Fundão. Houve um “rápido decaimento” dessas concentrações nos dias seguintes ao acidente, mas com valores ainda acima dos registrados em amostragens anteriores.

“A confirmação dessa tendência (de decaimento) deverá ser confirmada pelas novas campanhas de amostragem e ensaios de laboratório”, diz o parecer da agência do governo federal. O documento foi citado na ação em que a União pediu indenização de R$ 20 bilhões em razão do estouro da barragem.

Outro laudo usado na ação, dessa vez de autoria do ICMBio, dá a dimensão dos prejuízos com o desastre ambiental: somente a restauração de espécies de peixes diretamente atingidas pelo desastre depende de aportes de R$ 191,7 milhões durante dez anos. Onze espécies são consideradas como ameaçadas e outras 60 são nativas do rio. A recuperação de áreas de desovas de tartarugas-marinhas, diretamente impactadas, consumiriam mais R$ 30,3 milhões.

17 MORTOS E 2 DESAPARECIDOS - A Samarco vem sustentando, com base em análises feitas pela ANA e pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que a qualidade da água do Rio Doce está compatível com os resultados encontrados antes do rompimento da barragem. Boletim divulgado pelo CPRM em 15 de dezembro, mostrava por exemplo, que, se tratada adequadamente pelas companhias de saneamento, a água poderia ser consumida sem riscos pela população.

“A quantidade de material em suspensão na água alcançou níveis até 100 vezes superiores aos observados historicamente durante períodos de chuvas torrenciais. A turbidez continua alta, portanto ainda requer procedimentos especiais nas Estações de Tratamento.. Com relação à presença de metais pesados dissolvidos em água (cátions): arsênio, cádmio, mercúrio, chumbo, cobre, zinco, entre outros, os resultados de 2015 são, de modo geral, similares a levantamentos realizados pela CPRM em 2010. Os valores obtidos nas coletas indicaram condições em conformidade com a Portaria 2.914 do Ministério da Saúde, exceto para o manganês dissolvido que, no entanto, também pode ser tratado para padrões adequados ao consumo nas Estações de Tratamento”, dizia a nota de 15 de dezembro do CPRM.

Além dos impactos ambientais, o rompimento da barragem em 5 de novembro causou a morte de 17 pessoas. Outras duas ainda estão desaparecidas. O distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, a poucos quilômetros de Fundão, foi o local mais atingido — foi arrasado pela onda de lama. As famílias de lá e também de Paracatu, outro distrito de Mariana, tiveram de passar o último Natal em hotéis ou casas alugadas pela Samarco. O plano é reconstruir as comunidades em outra localidade. No último sábado, a Samarco anunciou que não pretende reconstruir a barragem.
Fazenda

Governadores cobram da União medidas contra crise, mas deixam CPMF de lado


Do Estadão Conteúdo
Lista dos governadores foi enviada ao ministro da Fazenda, Nelson Barbosa / Foto: Arquivo/Agência Brasil
Lista dos governadores foi enviada ao ministro da Fazenda, Nelson BarbosaFoto: Arquivo/Agência Brasil
Dez governadores da base e da oposição à presidente Dilma Rousseff apresentaram nesta segunda-feira (28) ao ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, uma lista com sete medidas que consideram prioritárias para o enfrentamento da crise econômica. Mas sem consenso e diante do contexto de instabilidade política, os chefes do Executivo estaduais deixaram de lado a discussão sobre a recriação da CPMF. 
O novo tributo é principal bandeira do governo federal para tentar minimizar os efeitos da crise e prioridade da agenda legislativa do Planalto para 2016. Na semana passada, a sua primeira entrevista à frente do ministério da Fazenda, Barbosa havia defendido a CPMF. Em um encontro em setembro, 21 dos 27 governadores haviam apoiado seu retorno. Mas ontem, após reunião de dez governadores (SP, RJ, MG, TO, GO, BA, RS, PI, PE e DF) e um vice (MA), ele saiu da lista.

Um dos principais aliados da presidente, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse que a falta de consenso dificulta a discussão do tema. "Essa é uma possibilidade, mas não une todos os governos", afirmou. "A pauta foi aquilo que é consensual. (A CPMF) vai ser debatida e retomada a partir de fevereiro", declarou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). 

Para o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), a crise política impede a discussão do assunto. "Precisa discutir, mas o ambiente político não permite se deliberar nada", justificou. Já o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), um dos articuladores do encontro de ontem, defendeu a proposta de reedição da CPMF que cria uma alíquota de 0,38%, sendo 0,20% repassado à União e 0,18% a Estados e municípios. Mas admitiu que ela não é "fácil". "Não é uma proposta fácil, mas avaliamos que há necessidade dessa fonte de receita enquanto a gente encontra a retomada do crescimento", comentou o governador piauiense.

Os chefes dos Executivos estaduais decidiram fazer reuniões mensais em Brasília como forma de pressão política para liberação de crédito, por exemplo, e renegociação das dívidas estaduais com o governo federal. Na lista elaborada, também há pautas que serão tratadas com os comandos da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal. O próximo encontro foi marcado para fevereiro.

PRIORIDADES - O primeiro item da lista é a retomada das operações de crédito. "Nós passamos este ano praticamente inteiro com capacidade de contrair crédito sem ter autorização. Pegando o exemplo de São Paulo, temos espaço (para contrair crédito, pela Lei de Responsabilidade Fiscal) e podemos fazer empréstimo fora do Brasil, só que não tinha autorização do governo", disse Alckmin

De acordo com o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), o ministro da Fazenda prometeu uma posição sobre a discussão de operações de crédito até o final de janeiro, para que os Estados possam se organizar. "Ele disse que está definindo um volume de recursos que serão repartidos entre os Estados que tiverem em condições de receber operações de crédito, os que tiverem um programa de ajuste fiscal adequado", afirmou. 

Os governadores também querem compensação de dívidas do governo federal - previdenciárias, por exemplo - com os Estados para abater do que precisam pagar para a União, além da regulamentação do novo indexador da dívida.

Barbosa lembrou aos governadores que é ministro "há apenas sete dias", ficou de analisar as demandas e deixou a reunião sem falar com os jornalistas.

IMPEACHMENT - Os governadores negaram ter discutido sobre apoio ao governo no debate envolvendo o impedimento da presidente Dilma Rousseff. No entanto, alguns deles apontaram que a melhoria no quadro econômico do País melhora o cenário político do governo. "Ajuda a melhorar o ambiente político e, melhorando o ambiente político, ajuda a melhorar a economia. É muito grave a situação econômica e social", ressaltou Alckmin. Paulo Câmara defendeu uma conclusão célere para o processo independentemente do resultado. "Enquanto isso não for deliberado, o Brasil vai ficar parado", ponderou.

Sertão

Frentista é morto em posto de combustível em Serra Talhada


Do NE10 Interior
Um frentista foi assassinado a tiros nessa segunda-feira (28) em Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco. De acordo com informações da Polícia Civil, o frentista Francisco Gregório Frazão Sampaio, de 27 anos, foi atingido por um disparo de arma de fogo na cabeça enquanto comia na lanchonete do posto de combustível onde trabalhava. Ele morreu no local.

Ainda segundo a polícia, testemunhas informaram que dois homens teria se aproximado da vítima em uma motocicleta e um deles teria atirado contra o frentista. Nenhum suspeito foi preso. O corpo da vítima foi encaminhado ao Hospital Regional Professor Agamenon Magalhães (Hospam). Não há informações sobre a motivação do crime.


segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Crise financeira

Governadores se reúnem em Brasília por agenda econômica comum


Da Agência Brasil
Na chegada, Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ), chamou atenção para a crise da saúde pública em seu estado. / Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Na chegada, Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ), chamou atenção para a crise da saúde pública em seu estado.Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Governadores de diversos partidos com diferentes posicionamentos em relação ao governo federal estão reunidos nesta segunda-feira (28) na residência oficial do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, para discutir uma agenda comum que possa melhorar o ambiente econômico do país e a situação econômica dos estados. O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, também confirmou presença no encontro.

Até o momento, chegaram ao encontro os governadores Geraldo Alckmin, de São Paulo; Luiz Fernando Pezão, do Rio de Janeiro; Fernando Pimentel, de Minas Gerais; Wellington Dias, do Piauí; Marconi Perillo, de Goiás; Henrique Gaguim, do Tocantins; José Ivo Sartori, do Rio Grande do Sul; Rui Costa, da Bahia; e Carlos Brandão, vice-governador do Maranhão, além do articulador do encontro, Rodrigo Rollemberg.
Na chegada, Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ), chamou atenção para a crise da saúde pública em seu estado. "Na hora da crise econômica é que estados e municípios mais precisam de recursos para a saúde,  já que é a hora que as pessoas deixam de pagar planos de saúde e vão para o SUS". O governador defende uma revisão na tabela do SUS para cobrir os gastos.
Pezão também adiantou que a mudança na indexação da dívida de estados e municípios é outro tema importante a ser tratado na reunião.
Medicamento

Anvisa aprova registro da primeira vacina contra a dengue no Brasil


Da Agência Brasil
Inicialmente, o medicamento será disponibilizado para a rede particular de laboratórios / Foto: Venilton Kuchler / ANPr
Inicialmente, o medicamento será disponibilizado para a rede particular de laboratóriosFoto: Venilton Kuchler / ANPr
Saiu nesta segunda-feira (28) a aprovação do registro da primeira vacina contra a dengue no Brasil: a Dengvaxia, da francesa Sanofi Pasteur. Embora liberada para comercialização pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ainda falta a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos definir o valor de cada dose, processo que dura em média três meses, mas não tem prazo máximo.

Inicialmente, o medicamento será disponibilizado para a rede particular de laboratórios. Definido o preço, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS vai avaliar se vale a pena incorporar o produto ao sistema público de imunizações. O governo vai avaliar custo, efetividade e impactos epidemiológico e orçamentário da incoporação da vacina ao Sistema Único de Saúde.

A vacina é indicada para pessoas entre 9 e 45 anos e protege contra os quatro tipos do vírus da dengue. A promessa do fabricante é de proteção de 93% contra casos graves da doença, redução de 80% das internações e eficácia global de 66% contra todos os tipos do vírus. O medicamento deve começar a ser vendido no país no primeiro semestre de 2016 e a capacidade de produção do laboratório é de 100 milhões de doses por ano.

O imunizante deve ser aplicado em três doses, com intervalos de seis meses, porém, de acordo com a diretora médica da Sanofi, Sheila Homsani, a partir da primeira dose o produto protege quase 70% das pessoas. “A vacina tem eficácia a partir da primeira dose, protegendo em torno de 70% dos imunizados. A necessidade das outras doses vem porque a proteção vai caindo com o tempo, não se mantém sem as outras duas. A proteção só se mantém por muitos anos quando se tomam as três doses”, explicou Sheila.

No começo deste mês, o México foi o primeiro país a registrar a vacina contra a dengue da Sanofi, por enquanto, a única registrada no mundo. Em seguida o produto teve liberação nas Filipinas. O Brasil é o terceiro país a ter o registro do imunizante. O desenvolvimento clínico do produto envolveu mais de 20 estudos, e mais de 40 mil participantes, entre crianças, adolescentes e adultos, em 15 países.

Dados do Ministério da Saúde mostram que até a primeira semana de dezembro, 839 pessoas morreram em decorrência da dengue, um aumento de 80% em relação a 2014.
A mulher e a lei

Ela controla a tornozeleira eletrônica do marido


Por Gleide Ângelo
No Brasil, dois estados adotaram o Monitoramento Eletrônico (tornozeleira eletrônica) como forma de inibir a violência contra as mulheres: Minas Gerais e Pernambuco / Foto: Hélia Scheppa/arquivo/JC Imagem
No Brasil, dois estados adotaram o Monitoramento Eletrônico (tornozeleira eletrônica) como forma de inibir a violência contra as mulheres: Minas Gerais e PernambucoFoto: Hélia Scheppa/arquivo/JC Imagem
Hoje falarei sobre um assunto que me chamou atenção nesta semana. Tudo se iniciou quando eu estava em um evento e comecei a conversar com uma mulher. Ela estava conversando normalmente, muito tranquila com um aparelho nas mãos. Inicialmente, pensei que era um aparelho celular, mas vi que o equipamento tinha uma luz que piscava. Curiosa, perguntei que aparelho era aquele, quando a mulher respondeu: “´É o aparelho que controla a tornozeleira eletrônica do meu ex-marido.”
A tranquilidade e a confiança que a mulher estava com aquele equipamento nas mãos, me fez ver que essa era mais uma medida de proteção efetiva às mulheres vítimas de violência, e deveria ser divulgada à sociedade como forma de encorajamento às mulheres para denunciar a violência sofrida. Por isso, fui em busca das informações sobre essa medida de proteção e em que circunstâncias a tornozeleira eletrônica pode ser utilizada.
No Brasil, dois estados adotaram o Monitoramento Eletrônico (tornozeleira eletrônica) como forma de inibir a violência contra as mulhere: Minas Gerais e Pernambuco. Em Pernambuco, a adoção desse mecanismo integra o programa Justiça para as Mulheres: Agora e Sempre, lançado no dia 23 de setembro de 2013. Ele tem como objetivo reforçar as estratégias adotadas no Plano Estadual para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra as Mulheres, e fortalecer a integração entre todas as partes envolvidas no enfrentamento a violência contra a mulher.
Em 05/10/2015 foi publicada a portaria conjunta da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SEJUDH) e da Secretaria da Mulher PE sobre o Monitoramento Eletrônico da Lei Maria da Penha. Na referida portaria, há a competência de cada secretaria na execução dessa medida de proteção.
O QUE É O MONITORAMENTO ELETRÔNICO DA LEI MARIA DA PENHA?
O Monitoramento Eletrônico da Lei Maria da Penha é uma Medida Protetiva de Urgência deferida via decisão judicial, com o intuito de salvaguardar a integridade física e psicológica das mulheres vítimas de violência doméstica. 
COMO INICIA O MONITORAMENTO ELETRÔNICO?
O Monitoramento Eletrônico dos casos previstos na Lei Maria da Penha é uma medida cautelar que se inicia após deferida via decisão judicial. Após o deferimento da medida, as varas enviam a decisão judicial e um ofício à ecretaria de Ressocialização (SERES)  e à Secretaria da Mulher-PE. 
PRAZO DO MONITORAMENTO ELETRÔNICO
O prazo costuma variar entre 90 a 120 dias, podendo ser prorrogado pela justiça pelo tempo necessário para garantir a segurança da ÁREA DE ALCANCE DO MONITORAMENTO:
» Área de exclusão para o agressor: casa, trabalho, escola e outros locais de circulação frequentes da vítima (esses são os locais em que o agressor NÃO poderá frequentar)
» Tamanho das áreas de exclusões da vítima (são distâncias que o agressor NÃO pode se aproximar da vítima) 
Área fixa – de 2 Km a 5 km
Área móvel - 500m 
EM QUE PRINCIPAIS SITUAÇÕES SÃO DEFERIDOS O MONITORAMENTO ELETRÔNICO ?
» Risco iminente à vida e à integridade física e psicológica da vítima;
» Quando o agressor é contumaz e reincidente;
» Descumprimento de Medida Protetiva de Urgência.
DEPOIS  DE DEFERIDA A MEDIDA DO MONITORAMENTO ELETRÔNICO, O QUE ACONTECE?
Depois da decisão judicial deferindo o Monitoramento Eletrônico, cabe ao Centro de Monitoramento de Reeducandos- (CEMER), a Gestão do monitoramento  eletrônico. O CEMER entrega a tornozeleira eletrônica para os agressores; ativa e desativa os equipamentos de monitoração da vítima e agressor; constrói as áreas de inclusão/exclusão dos agressores; acompanha os deslocamentos dos agressores por 24hs; comunica as violações à Vara de Violência contra a Mulher e a Secretaria da Mulher; Aciona o CIODS para os casos dos agressores violadores das regras do Monitoramento Eletrônico, com o objetivo de recolhê-los à Unidade Prisional, etc. 
A Secretaria da Mulher, através do acompanhamento do processo e indicação ao CEMER, realizará atendimento, repassará orientações, fará a entrega do equipamento (UPR) e acompanhará a vítima durante a execução do Monitoramento Eletrônico. O agressor começará a usar a tornozeleira eletrônica e a mulher receberá um dispositivo eletrônico que pode ser levado na bolsa. Assim, quando se afastar de onde está protegida, como sua residência ou local de trabalho, a central de monitoramento detectará a aproximação do agressor e então tomará atitudes para evitar uma nova agressão.
O aparelho de Monitoramento Eletrônico utilizado pela vítima emite dois tipos de sinais, o luminoso e o vibratório. Esses sinais são emitidos quando o agressor infringe os limites estipulados na decisão judicial. Imediatamente, o CEMER recebe os sinais e aciona o CIODS, para evitar novas agressões. No Estado de Pernambuco, esses são os números das decisões judiciais deferindo o Monitoramento Eletrônico na Lei Maria da Penha:
» Em 2014 foram 121 decisões judiciais favoráveis ao uso do Monitoramento Eletrônico, ou seja, 121 mulheres beneficiadas com a medida cautelar.
» Em 2015 até o dia 16/12/15, foram 136 decisões judiciais favoráveis ao uso do Monitoramento Eletrônico, também 136 mulheres beneficiadas com a medida cautelar.
Com isso, observamos que o Estado de Pernambuco é um dos pioneiros no deferimento da medida cautelar do Monitoramento Eletrônico na Lei Maria da Penha. O Poder Judiciário, juntamente com a Secretaria de Ressocialização e a Secretaria da Mulher estão trabalhando em conjunto, e de forma exitosa no combate à Violência contra a Mulher. 
Quando iniciei o texto e narrei sobre aquela mulher que estava com o equipamento eletrônico, testemunhei a tranquilidade e segurança que aquele aparelho representava para ela. Muitas mulheres têm medo de denunciar porque dizem que o agressor irá matá-la. O que posso dizer é justamente o contrário, ele irá matá-la se você não o denunciar. 
O Monitoramento Eletrônico é mais uma medida de proteção eficiente e eficaz que irá protegê-la do agressor. Você estará 24 horas monitorada, e se ele descumprir, será preso. Então, estamos mostrando diversas formas de Medidas Protetivas existentes na Lei Maria da Penha. Mas, a decisão do primeiro passo é sua. O que posso te dizer é que as medidas funcionam, por isso, acredite, dê uma chance a sua vida, supere a sua dor e transforme a sua vida. Procure ajuda e siga em frente, porque a solução já existe, sua felicidade depende do seu primeiro passo, DENUNCIE!
"VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHA"
TELEFONES ÚTEIS

» Ouvidoria da Mulher do Estado de Pernambuco - Cidadã Pernambucana - 0800 281 8187
» Central de Atendimento à Mulher do Governo Federal - 180 
» Polícia - 190 (se a violência estiver ocorrendo)
*As colunas assinadas não refletem, necessariamente, a opinião do NE10

Venda pela internet apresenta potencial para expansão, aponta pesquisa




Por Site Da TV Jornal

Reprodução/TV Jornal
Na contramão da crise econômica, o comércio pela internet apresentou um crescimento expressivo no primeiro semestre de 2015, chegando a 16% (algo em torno de R$ 18 bilhões), de acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio. Apesar disso, 60% das pessoas entrevistadas em uma pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio PE) nunca compraram produtos pela internet no Estado.

Para o economista Rafael Ramos, isso significa a possibilidade de expansão deste tipo de comércio, principalmente no Recife. "O custo de manutenção é mais baixo e tem impacto na venda do produto. Isso facilita o crescimento desse setor", afirma Ramos. A opção do e-commerce tem sido adotada por empresários tanto para reduzir as despesas do negócio tradicional ou simplesmente como alternativa para gerar mais renda.

Com um aparelho celular nas mãos e com ajuda das redes sociais, a empresária Carla Lira vende roupas pela internet e faz tudo, praticamente, sem sair de casa. Recém formada, ela tem encontrado no e-commerce uma saída tão rentável quanto os projetos de engenharia. O comercio na internet também é levado a sério pelo empresário Marco Antônio, que já teve um espaço físico para venda dos produtos importados, mas conseguiu reduzir os custos mantendo os negócios on-line.

O site que gerencia na internet é especializado em brinquedos, réplicas e produtos licenciados, direcionados a colecionadores e apaixonados por cinema. Marco trabalha em casa e divulga tudo na página on-line, nas redes sociais e em canais de vídeos. Assim como a confeiteira Bruna Damaso, que há três anos trabalha nesse ramo e que incrementou o negócio com a ajuda da internet. "Cresceu uns 80% depois que eu comecei a usar as redes sociais", comemora Damaso.

SOLIDARIEDADE

Hemope tem queda de 96% no número de doação de sangue

Com a chegada das festas de fim de ano e férias, doações caem e Hemope apela para solidariedade da população





Do JC Online

com informações da Rádio Jornal

Pessoas que pesam mais de 50 Kg e possuem entre 16 e 69 anos podem doar / Foto: Guga Matos /JC Imagem

Pessoas que pesam mais de 50 Kg e possuem entre 16 e 69 anos podem doar

Foto: Guga Matos /JC Imagem


Festas, festas e viagens são bem comuns nos meses de dezembro e janeiro. Em consequência, o número de doações de sangue registra queda em todas as unidades da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) do Estado. Em um dia normal, cerca de 400 pessoas procuram o posto do Hemope da capital pernambucana, localizado na Rua Joaquim Nabuco, nas Graças, Zona Norte do Recife, mas no último dia 25, por exemplo, apenas 15 pessoas se dispuseram a doar. A redução representa uma queda de 96,25% das doações.
Com a queda da procura, os estoques dos tipos sanguíneos A, positivo e negativo, O positivo, além dos B e AB positivos já apresentam situação crítica. A situação é considerada de alerta no estoque do O negativo e apenas os tipos B e AB negativos são considerados estáveis. Para estabilizar o banco de sangue, o Hemope pede que as pessoas reservem uns minutos desse período de férias para doar. "É um processo simples, que dura entre 15 e 20 minutos. Nós precisamos lembrar que não tem época para se adoecer e a gente precisa estar sempre a postos para ajudar os pacientes", explicou a diretora de hemoterapia do Hemope, Ana Fausta Cavalcanti.
A diretora de hemoterapia do Hemope garante que todo o processo é seguro."A doação é um ato de solidariedade e amor ao próximo. E pedimos que as pessoas que estão saudável, pesam mais de 50 Kg e possuem entre 16 e 69 anos sigam ao Hemocentro para doação", explicou Ana Fausta. Vale lembrar que os menores de 18 anos precisam ir acompanhados de um responsável para autorizar a doação.
O setor de coleta funciona de segunda a sábado, inclusive nos feriados, das 7h15 da às 18h30 no Hemope.  Também é possível agendar a doação pelo 0800 081 1535. A unidade da Fundação da capital pernambucana funciona na Rua Joaquim Nabuco, número 171, no Bairro das Graças, Zona Norte do Recife.
Zona da Mata

Mulher morre em acidente na BR-232, em Vitória de Santo Antão


Do JC Trânsito
Carro atropelou um cavalo na madrugada desta segunda-feira / Foto: Twitter da @tvjornalsbt
Carro atropelou um cavalo na madrugada desta segunda-feiraFoto: Twitter da @tvjornalsbt
Um acidente na BR-232, em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, deixou uma pessoa morta e outra ferida na madrugada desta segunda-feira (28).
Segundo as primeiras informações da Polícia Rodoviária Federal em Pernambuco (PRF-PE), uma mulher de 67 anos de idade morreu e a outra vítima apresenta ferimentos leves. 
O acidente aconteceu por volta das 4h30, após o veículo atropelar um cavalo, na altura do KM 54,8.

MANTER A PRAIA LIMPA

Rivaldo limpa sujeira na praia de Paulista

Ex-meio-campista da seleção brasileira posta fotos no Facebook e reclama da situação da praia


Do JC Online

Rivaldo e familiares limpando a sujeira encontrada na praia de Paulista / Foto: divulgação/ Facebook

Rivaldo e familiares limpando a sujeira encontrada na praia de Paulista

Foto: divulgação/ Facebook

De férias em Pernambuco, Rivaldo postou fotos em sua conta no Facebook limpando a sujeira que ele encontrou na praia de Paulista, cidade onde nasceu. O ex-meio-campista da seleção brasileira e do Barcelona aproveitou para mostra sua indignação com o descaso.

RECURSOS

Governo 'terceiriza' financiamento de programas como Minha Casa e Pronatec

De todas as receitas previstas para o Minha Casa Minha Vida no próximo ano, 90% deverão vir do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)


Do Estadão Conteúdo

O orçamento aprovado do fundo para o MCMV em 2016 é de R$ 60,7 bilhões / Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

O orçamento aprovado do fundo para o MCMV em 2016 é de R$ 60,7 bilhões

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR


As duas principais vitrines eleitorais do governo Dilma Rousseff, o Minha Casa Minha Vida e o Pronatec, deixarão de ser bancadas com recursos do Tesouro Nacional em 2016. 
De todas as receitas previstas para o Minha Casa Minha Vida no próximo ano, 90% deverão vir do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), fonte de recursos formada com os 8% descontados todo mês dos salários de cada trabalhador com carteira assinada. Não são, portanto, recursos públicos.
A remuneração do fundo para o trabalhador é de 3% ao ano mais Taxa Referencial (TR), muito abaixo da inflação, que já está em dois dígitos.
"O governo pediu uma intervenção no Minha Casa Minha Vida. Agora quem paga esse programa são os trabalhadores brasileiros e isso tem de ficar claro para a população", diz Luigi Nese, representante da Confederação Nacional de Serviços (CNS) no conselho curador do FGTS. O órgão, cuja metade dos membros é indicada pelo governo, aprovou o repasse, em setembro, até para obras em andamento, com o argumento de que era preciso salvar os empregos da indústria da construção.
Nese afirma que o FGTS vai gastar R$ 30 milhões em propaganda para informar os trabalhadores de que o dinheiro do FGTS está sendo usado, a fundo perdido, no Minha Casa.
Pronatec
Outro programa na corda bamba em 2016 se não fossem recursos privados é o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), voltado para o ensino técnico e profissional A presidente prometeu, durante a campanha, que abriria 12 milhões de novas vagas no programa. Com os cortes no Orçamento, o governo, depois de eleito, diminuiu a meta para 5 milhões.
O Pronatec teve as receitas, formadas por recursos públicos, cortadas pelo Congresso de R$ 4 bilhões deste ano para R$ 1,6 bilhão em 2016. 
Está praticamente certo que boa parte do programa será bancada pelo Sistema S, mas o valor ainda não foi definido. Para isso, o governo vai reduzir a parcela da contribuição que as empresas são obrigadas a fazer para essas entidades, que incluem Sesi, Senai, Senac e Sebrae, para destinar a diferença ao Pronatec. Atualmente, as alíquotas variam de 0,2% a 2,5% do faturamento. Se a redução for de 20% a 30%, a perda para as entidades ficará entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões. 
Ajustes
No Minha Casa Minha Vida, que tem a terceira fase sendo anunciada pela presidente Dilma desde a campanha eleitoral do ano passado, a previsão inicial do orçamento de 2016 era R$ 15,5 bilhões. Mas o forte ajuste nas contas públicas levou governo e Congresso a passarem a tesoura em R$ 8,6 bilhões para fechar o próximo ano no azul. Com isso, sobraram apenas R$ 6,9 bilhões. Se o MCMV contasse apenas com esses recursos, haveria um redução forte no ritmo de execução das obras e adiamento de novas contratações - como de fato ocorreu este ano.
A salvação do programa, que é chamariz para o governo em ano de eleições municipais, foi recorrer ao FGTS. 
O orçamento aprovado do fundo para o MCMV em 2016 é de R$ 60,7 bilhões. Até este ano, o FGTS só era usado no programa para bancar descontos e juros subsidiados dos financiamentos de famílias com renda de até R$ 6,5 mil - as chamadas faixas 2 e 3.
Agora, porém, o Fundo passou a arcar com as obras das moradias direcionadas às famílias com renda mais baixa, de até R$ 1,8 mil mensais. Nesse caso, porém, os recursos são aplicados a fundo perdido, ou seja, não voltam para o fundo. Para 2016, foram aprovados R$ 4,8 bilhões para pagar as casas destinadas a esse público de baixa renda. O conselho curador autorizou o FGTS a custear até 60% do valor do imóvel em 2016 - o limite é de R$ 45 mil por moradia.
Também foi criada uma nova faixa, batizada de "faixa 1,5" com recursos do FGTS. Famílias com renda mensal de até R$ 2.350 terão subsídios de até R$ 45 mil na aquisição do imóvel com juros de 5% ao ano. 
Bolsa Família
Apesar das ameaças, o Bolsa Família saiu ileso aos cortes dos programas sociais em 2016. O orçamento de R$ 28 bilhões do programa de transferência de renda foi mantido à custa da redução da meta de economia que o governo precisa fazer para o chamado superávit primário, pagamento dos juros da dívida pública - de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) para 0,5%. 
Essa foi uma das derrotas que pavimentaram a saída do ministro da Fazenda Joaquim Levy. Ele defendia a meta de superávit de 0,7% do PIB mesmo que isso significasse corte no programa criado no governo PT.