sábado, 8 de março de 2014

VIOLÊNCIA

Reféns das organizadas


Do JC Online

Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem

Mais uma vez, o futebol pernambucano perdeu para a violência das torcidas organizadas. Os gols ficaram à sombra de pedradas, arrastões, brigas, depredações dos patrimônios público e privado. Mais uma vez, os integrantes dessas facções tomaram de assalto o Recife, fazendo dos cidadãos os seus reféns. Antes e depois do Clássico das Multidões, anteontem, na Ilha do Retiro, não espalharam só medo nas imediações do estádio como também em outros pontos da Região Metropolitana. Feriram pessoas que não tinham nada a ver com o enfrentamento das organizadas Jovem do Sport e Inferno Coral. Apesar de tudo, só nove pessoas foram detidas pela Polícia Militar, levadas à delegacia para a formalização de Boletins de Ocorrência e depois de algumas horas liberadas, como acontece há anos, alimentando a sensação de impunidade para os vândalos.

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As ações criminosas das torcidas organizadas em Pernambuco se tornaram rotineiras, tenha clássico ou não, e crescem amparadas pelo infindável jogo de empurra-empurra de responsabilidades promovido pelos personagens envolvidos no futebol estadual, sem exceção: Estado, Ministério Público, Judiciário, Federação Pernambucana de Futebol, clubes, polícia. Na ressaca de episódios como o de anteontem, até surgem promessas de combate coordenado à violência, que logo caem no esquecimento e não saem do papel. Cadê o cadastramento dos integrantes das organizadas ou o monitoramento deles nas redes sociais? Os processos que pedem o banimento dos estádios, onde estão? Por que não existem punições mais duras para quem é flagrado cometendo delitos? Até quando os pernambucanos serão reféns dessas facções?

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