Um menor foi decapitado e teve seus restos mortais atirados por cima do muro para fora da unidade
Batalhão de Choque da Polícia Militar foi chamado para conter o motim. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press |
Uma rebelião na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), em Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife, na noite desta sexta-feira (30), deixou um adolescente morto. A assessoria de comunicação da Funase confirmou que um menor foi decapitado e seu corpo esquartejado e queimado. Parte dos restos mortais da vítima foram arremessados por cima do muro da unidade. A área permaneceu sem isolamento por várias horas.
O tumulto começou por volta das 19h. Os agentes socioeducativos foram expulsos da unidade, mas nenhum se feriu ou sofreu ameaças. Os internos colocaram fogo em colchões e cadeiras, mas as chamas foram controladas pelos bombeiros. Uma ambulância foi enviada ao local para casos de emergência. Cerca de uma hora depois, o Batalhão de Choque da Polícia Militar entrou na Funase para conter a situação. Só saíram às 22h45, após usarem várias bombas de gás lacrimogênio.
Familiares dos internos aguardavam por notícias do lado de fora da unidade. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press |
Os reais motivos da rebelião ainda não foram esclarecidos, mas informações extra oficias afirmam que os internos não estariam de acordo com a gestão da unidade. Cerca de 50 jovens foram retirados da unidade e transferidos para o Centro de Reeducação da Polícia Militar (Creed).
Violência - O ano nas unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo foi marcado por muita violência. No dia 16 de novembro, um interno morreu depois de um tumulto na Funase do Cabo de Santo Agostinho. Ainda este ano, no mês de janeiro, na mesma unidade, foram registradas três mortes. Duas das vítimas tiveram os corpos carbonizados. Uma teve a cabeça decapitada e a outra morreu por asfixia. Em maio, mais um registro de morte. Um adolescente foi assassinado a pauladas e um agente teve traumatismo craniano. Em setembro, no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Abreu e Lima, um adolescente de 16 anos teve o corpo queimado.
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