Tecnologia »Software identifica parentesco por fotoApós cruzamento dos dados entre pessoas, precisão nas identificações foi de 90%
As imagens foram processadas em computador. As características dos rostos viraram representações matemáticas. Fotos: Bruna Monteiro DP/D.A Press |
O sistema de análise facial pode ser usado em redes sociais - para a criação de uma espécie de árvore genealógica dos internautas - e pela polícia - na localização de pessoas desaparecidas. Desenvolvido pelo doutor em engenharia da computação e elétrica Tiago Vieira, 30, o software compara as imagens de dois indivíduos e identifica traços de parentesco, mostrando se eles são irmãos ou não e ainda se são pais e filhos ou não. “Nas redes sociais, como o Facebook, o software poderia cruzar dados de parentes e melhorar o gerenciamento de anúncios. No Dia das Mães, por exemplo, seria possível anunciar para um filho produtos pesquisados pela mãe”, explica.
"Sabe quando você coloca uma foto em sua linha do tempo e o nome da pessoa já é marcado? Isso é o sistema de análise facial%u201D, resume o doutor em engenharia Tiago Vieira |
Outros trabalhos utilizando a mesma técnica já foram apresentados no mundo, mas nenhuma foi feita com pessoas anônimas. “A base de dados das pesquisas utilizava fotos da internet de celebridades, o que pode comprometer o resultado por conta de fatores como maquiagem, iluminação e expressões faciais. No nosso caso, produzimos fotografias, com luz e plano de fundo controlados”, compara.
Após a sessão de fotos em estúdio, as imagens foram processadas em computador. As características dos rostos foram transformadas em representações matemáticas. Após o cruzamento dos dados, o software obteve 90% de precisão nas identificações de pares de irmãos e não-irmãos. “Fizemos o mesmo teste com pessoas. Perguntamos a mais de 400 voluntários se eles achavam que determinada dupla era formada por irmãos ou não. A capacidade humana de identificar um possível parentesco foi de 75%, ou seja, o software superou o julgamento humano”, destaca o pesquisador. “Apesar disso, o programa não se aproxima a um teste de DNA, por exemplo”, pondera. O software passa por ajustes e ainda não está sendo comercializado.
diario pe
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